DA REPORTAGEM LOCAL

Dos bairros localizados na zona leste, a Mooca e a Penha são os mais atrativos para o mercado imobiliário, segundo Sérgio Ferrador, consultor do Secovi ( Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de São Paulo).
Ferrador descreve esses bairros como locais adensados, mas bastante horizontais, com predomínio de casas e condomínios, onde existe um potencial de atração de novos empreendimentos imobiliários de médio porte.
"Na Mooca está acontecendo atualmente um processo semelhante ao que aconteceu no Tatuapé. Não podemos dizer que a Mooca é o novo Tatuapé, pois possui uma área bem menor para construção, mas está passando por aquele boom que fez com que o Tatuapé crescesse. Várias construtoras estão indo para lá e gostando do resultado", afirma.
Ao mesmo tempo em que acredita no potencial para construções residenciais e para um comércio maior, Ferrador não acha que a zona leste atraia novos usos industriais, mesmo com a possibilidade de incentivos fiscais oferecidos pela prefeitura.
"A indústria mudou muito nos últimos anos. Elas saíram bastante da região metropolitana e não acho que vão querer voltar. Em muitos terrenos da zona leste você ainda precisa de laudo da Cetesb, para saber se são áreas contaminadas, o que espanta o empresário."
Uma opinião diferente sobre a zona leste é defendida por Eduardo Pinheiros Borges, presidente do Fórum para Desenvolvimento da Zona Leste, entidade que reúne integrantes da iniciativa privada que residem na região.
"Acreditamos que a nova malha viária vai ajudar bastante o desenvolvimento local, inclusive vai fazer com que empresários acreditem mais no potencial da zona leste. Ela poderá ser um pólo gerador de emprego no futuro."


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