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Prefeito enfrentou seus aliados
DAS REGIONAIS
A gestão do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos
(PT), foi marcada pelo enfrentamento com empresas prestadoras
de serviços públicos e aliados.
A maior polêmica envolveu um
contrato de R$ 133,5 milhões firmado pelo ex-prefeito Francisco
Amaral (PPB) com o consórcio
Ecocamp para a coleta de lixo.
Quando Amaral anunciou o
consórcio Ecocamp como vencedor da licitação, no final da sua
gestão, Toninho, já prefeito eleito,
foi à Justiça contra o contrato. Em
julho, anunciou a redução do valor do negócio em R$ 40 milhões.
O petista reduziu o valor do
contrato para o fornecimento de
merenda escolar de R$ 24,7 milhões para R$ 14,9 milhões e abriu
uma auditoria.
Outro contrato que trouxe problemas para o petista foi o firmado com a Brasobras, para locação
de máquinas e caminhões.
Assim que tomou posse, Toninho determinou a prorrogação
do contrato por seis meses, no valor de R$ 2,4 milhões, o que provocou críticas da oposição.
O dono da empresa, Newton
Luiz Lochter Arraes, foi assessor
de gabinete do ex-prefeito Jacó
Bittar, entre 1990 e 1993, quando
Toninho era vice-prefeito. Arraes
também foi filiado ao PT.
A Brasobras era acusada de ter
utilizado documentos falsos para
vencer licitação em 99 na gestão
de Amaral. O contrato era questionado na Justiça por uma ação
popular desde fevereiro de 2000.
Toninho também foi criticado
por ter prorrogado contratos de
vigilância firmados por Amaral
com as empresas Gocil e Power,
que haviam embasado, com o
apoio do PT, um pedido de impeachment do pepebista.
Toninho também criou adversários ao iniciar o processo de remoção de cerca de 17 mil pessoas
residentes em 16 áreas que seriam
desapropriadas para a ampliação
do aeroporto de Viracopos.
A última polêmica envolvendo
Toninho foi a autorização para o
reajuste da tarifa de ônibus de R$
1 para R$ 1,30 -o último aumento havia sido em julho de 98.
A concessão do reajuste provocou protestos de sindicalistas e estudantes ligados ao PT e PC do B.
Segurança
O prefeito Antonio da Costa
Santos, mesmo tendo sido vítima
de um roubo antes de chegar ao
último debate do segundo turno
das eleições do ano passado, decidiu que não iria usar segurança
pessoal. A única medida adotada
foi a mudança de endereço. Toninho e família deixaram o casarão
histórico do Proença para morar
em um apartamento no Jardim
Notre Dame, em Sousas.
O chefe de gabinete, Gerardo
Mendes de Melo, e o secretário
dos Negócios Jurídicos, Nilson
Lucílio, disseram que haviam recomendado ao prefeito a utilização de seguranças.
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