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GREVE
Setor de entregas é afetado; agências funcionam normalmente
Greve nos Correios afeta serviço de entrega em quase todo o país
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma greve dos funcionários
dos Correios afetou as entregas de
correspondência em grande parte
do país. Segundo os grevistas,
80% dos quase 100 mil empregados pararam. A estatal afirma que
a adesão foi de 18,8%, mas a maioria no setor de entregas, o que
realmente prejudicou o serviço.
Nas agências o serviço foi normal durante o dia, segundo a empresa. Apenas 16 das mais de 12
mil unidades da empresa teriam
sido afetadas pela paralisação.
Até a conclusão desta edição, o
ministro das Comunicações, Miro Teixeira, o presidente dos Correios, Aírton Dipp, e o comando
dos grevistas estavam reunidos
para tentar encerrar a greve. Uma
nova assembléia dos funcionários
deve ser realizada hoje para definir os rumos do movimento.
Os funcionários pedem um reajuste de 69% nos salários (com
base nas perdas ocorridas desde o
Plano Real, em 1994) e a elevação
do piso, que hoje é de R$ 395. Anteontem, os Correios haviam feito
uma contraproposta de 9,2%, que
não foi aceita pelos grevistas.
Segundo Estênio Melo, que negocia pelo lado dos funcionários,
houve paralisação em 16 dos 26
Estados e no Distrito Federal. Os
Correios não têm um balanço por
Estado, porque a empresa divide
o país em 24 diretorias regionais.
Ainda não havia um balanço
nacional de quanta correspondência deixou de ser entregue.
Em São Paulo, pelos números
da assessoria de imprensa da empresa, 277 mil cartas não foram
enviadas e houve atraso em cerca
de 16 toneladas do Sedex.
À tarde, os funcionários fizeram
uma assembléia no Masp e seguiram em passeata pela avenida
Paulista em direção ao centro. Os
grevistas disseram que havia de
8.000 a 10 mil pessoas. Segundo a
PM, eram 1.500.
Na madrugada de ontem, houve um início de confusão no aeroporto de Guarulhos, quando um
funcionário, de carro, tentou furar um bloqueio dos grevistas.
Ao todo, os Correios entregam
em todo o país 34 milhões de objetos e correspondências por dia.
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