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Morte após alta não é incomum, diz presidente do CRM
da Reportagem Local
O presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo,
Pedro Paulo Roque Monteleone,
disse ontem que não é "incomum
uma pessoa morrer de tromboembulismo pulmonar após receber
alta hospitalar".
Tromboembulismo pulmonar
foi a causa da morte da dona-de-casa Severina Camélia Costa, uma das vítimas do desabamento do templo da Universal. Ela
morreu duas horas e meia após
sair da Santa Casa de São Paulo.
Segundo o presidente, em uma
situação de repouso prolongado é
possível ocorrer a formação de um
coágulo dentro de uma veia. Ao
voltar a se movimentar, depois da
alta, esse coágulo pode se desprender e subir para o pulmão, causando a morte do paciente.
"É uma situação de difícil diagnóstico, principalmente se ocorrer
nos membros inferiores", disse.
O diretor clínico da Santa Casa,
José Mandia Neto, afirmou que esse tipo de complicação "pode
ocorrer, seja de forma discreta, algumas vezes fatal, muitas vezes
sem sintomatologia prévia que sugira o diagnóstico".
Segundo ele, a doente recebeu
atendimento adequado, correto,
"não sendo identificada nenhuma falha em relação ao diagnóstico, tratamento e aos critérios estabelecidos para a alta hospitalar".
O diretor diz que a paciente, ao
chegar ao hospital, estava com três
costelas e a décima vértebra torácica fraturadas.
A assessoria do Hospital das Damas, onde a paciente esteve antes
da Santa Casa, disse que em nenhum momento o atendimento
emergencial de qualquer paciente
foi condicionado a valores. José
Carlos Marques, genro de Severina, havia dito que o hospital exigira R$ 5.000 para atendê-la.
José Fernando Seixas, que a
atendeu no Hospital das Damas,
disse que prestou o atendimento
emergencial necessário e que sugeriu a transferência pois " a Santa Casa é o maior centro de traumatologia da América Latina".
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