São Paulo, sábado, 12 de setembro de 1998

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Saída de emergência que estaria emperrada é analisada pelo IC

da Folha Campinas

A Polícia Civil de Limeira investiga a possibilidade de as saídas de emergência dos dois ônibus de romeiros envolvidos no acidente da última terça-feira terem emperrado e impedido a saída dos passageiros.
Os peritos do IC de Limeira e de São Paulo analisaram as saídas dos ônibus, a pedido da Polícia Civil, e devem concluir um laudo dentro de 20 dias. O laudo vai ter outras informações. Entre elas, um desenho reconstituindo o acidente.
De acordo com o delegado-seccional de Limeira, Milton Triano, 54, a manutenção e a condição da frota da empresa de transportes Centro-Oeste Turismo também será investigada pela polícia.
O delegado de Araras, Assis Cristofoletti, deve viajar para Anápolis (GO) na próxima semana para colher informações sobre as condições da frota da empresa.
O proprietário da empresa de ônibus Centro-Oeste, Geraldo Majella, descarta a possibilidade de ter havido falha nas saídas de emergência dos dois ônibus.
Ele disse que as saídas de emergência não foram usadas por causa do nervosismo dos passageiros ou pela falta de conhecimento de como acionar o equipamento.
Segundo Majella, os ônibus tinham três saídas de emergência no teto e duas em cada lateral. "Os equipamentos estavam em perfeita ordem porque passaram por uma vistoria obrigatória."
Ele afirmou que, à primeira vista, nenhuma das saídas foi utilizada pelos passageiros. "Na hora do nervosismo, acho que ninguém teve tempo para pensar nisso. Foi uma correria, e aqueles que se salvaram pularam pelas janelas".
Segundo ele, existe ainda a possibilidade de os passageiros desconhecerem a existência das saídas ou de como utilizá-las. "É comum os passageiros não saberem lidar com o equipamento de segurança", disse.



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