São Paulo, sábado, 12 de setembro de 1998

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Marcapasso ajuda equipe do IML a identificar a 16ª vítima

da Folha Campinas

A equipe médica do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas identificou ontem mais uma vítima do acidente de trânsito na rodovia Anhanguera que matou 54 pessoas na última terça-feira.
O 16º corpo identificado foi o de Raul Parreira Lopes, 43, que morava em Anápolis (GO), identificado graças a um marcapasso implantado no corpo.
Segundo o médico-legista Fortunato Badan Palhares, o instrumento é prova suficiente para identificar o corpo. "Era o único da lista de passageiros que usava um marcapasso", disse.
De acordo com o diretor do IML, Antonio Francisco Bastos, outros oito corpos já estão sendo examinados e o reconhecimento deve ser feito na próxima semana. "Em três dias de trabalho identificamos 16 pessoas. Agora, o trabalho será mais especializado, porque o estado dos corpos é crítico."
De todos os corpos identificados, pelo menos oito foram transferidos ontem para suas respectivas cidades. Nenhum corpo foi removido pelo ônibus que teria sido colocado à disposição pela empresa de turismo Centro-Oeste.
Seis parentes de vítimas não identificadas e o proprietário da empresa dos ônibus conseguiram a permissão dos médicos-legistas para ver os corpos carbonizados e tentar fazer o reconhecimento. Nenhum corpo foi reconhecido.
O secretário-adjunto da Segurança Pública, Luiz Antonio Alves de Souza, compareceu ontem pela manhã ao IML de Limeira para acompanhar os trabalhos dos peritos e confirmar que o governo do Estado de São Paulo vai custear os exames de DNA (código genético) necessários para a identificação de alguns corpos.
Ele afirmou que pelo menos 20 vítimas só serão identificadas por meio do exame de DNA. Segundo Souza, o governo deve pagar cerca de R$ 36 mil pelos exames."



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