São Paulo, quarta-feira, 12 de outubro de 2005

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Arquiteto atribui rachadura à obra

DA REPORTAGEM LOCAL

O prédio comercial em construção na avenida Pompéia, em Vila Pompéia (zona oeste de SP), é um exemplo de que como a falta de regulamentação nos métodos aplicados no subsolo viram uma batalha judicial entre vizinhos.
O arquiteto Ercio Barbugian entrou com um pedido de embargo da obra na Subprefeitura da Lapa. Proprietário de um imóvel que faz fundos com a construção, convive com rachaduras nas paredes e alteração do terreno que afirma terem sido causadas pela aplicação de cargas de concreto no subsolo.
Barbugian pagou R$ 130 mil pelo imóvel localizado na rua Engenheiro Francisco Azevedo, 195. Ele pede R$ 76 mil para cobrir os prejuízos. A subprefeitura quer interditar o imóvel do arquiteto. O proprietário se recusa, pois alega que não pretende mais ocupar o local após encomendar um laudo demonstrando os danos estruturais irreparáveis.
"Meu cliente só quer o ressarcimento dos prejuízos causados pelas obras no seu subsolo", afirma o advogado Sérgio Gerab, que representa Barbugian no processo. No laudo encomendado e enviado à Subprefeitura da Lapa estão fotos mostrando os problemas.
"Ainda estou estudando a possibilidade jurídica de cobrar aluguel da construtora pelo uso do subsolo do meu cliente", disse o advogado, que também quer enviar a denúncia ao prefeito José Serra na próxima semana.
A construção que teria provocado os danos está com o alvará em situação regular na subprefeitura, o que impede a paralisação da obra. O órgão responsável pela fiscalização disse que pediu o desarquivamento do processo e que irá reavaliar os documentos.
O arquiteto diz ter recusado oferta da construtora para reformar o imóvel. Segundo ele, a empresa anexou um laudo desmentindo o risco de desabamento.
A Folha tentou ontem conversar com os proprietários da Ricci Construtora Associados, responsável pela construção. Uma secretária afirmou que os proprietários não estavam e que só poderiam retornar a ligação amanhã.


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