São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2000
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Zona Grande é centro de atuação DA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE A Zona Grande é especializada no comércio do sexo, na rua e nos hotéis, desde a fundação de Belo Horizonte. A reportagem da Folha esteve na região para acompanhar a rotina das prostitutas que trabalham nos hotéis. Há mais de mil prostitutas na região, que se dividem em 15 hotéis; decadentes, como o Castelo das Bruxas, com mulheres mais velhas, ou sofisticados, com mulheres mais novas e movimento. A situação dos hotéis da Zona Grande é semilegal. Apesar de a prostituição não ser crime no Brasil, o Código Penal prevê punição para o lenocínio -exploração de serviços sexuais por terceiros. Em caso de condenação, a pena pode chegar a dez anos de prisão. A profissional paga uma diária fixa que varia de R$ 10 a R$ 30. Ela recebe o cliente no quarto e negocia com ele o serviço e a quantia. A prostituta fica na porta do quarto em diferentes estágios de nudez. Algumas ficam sem roupa, mas a maioria usa calcinha e sutiã, ou apenas um deles. Quase sempre usa lingerie provocante. Os homens passam pelos quartos, escolhem uma mulher e negociam na porta o preço e o serviço. Se houver acordo, entram. A mulher atende a quantos clientes quiser ou necessitar. Do arrecadado, a prostituta paga a diária e fica com o restante. Num dia bom, ganham no mínimo R$ 80. O programa mais comum é o sexo oral. O preço varia de R$ 5 a R$ 10. Em dia ruim, elas aceitam R$ 3 ou até vale-refeição. Tentam gastar o menor tempo possível com o cliente, fazendo com que o cliente chegue ao orgasmo durante o sexo oral. (DBA) Texto Anterior: ONG treina prostituta como agente de saúde Próximo Texto: Mortes Índice |
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