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SEGURANÇA SOB AMEAÇA
Estados do Sudeste levarão para o ministro da Justiça proposta de ação integrada com PF
Governadores propõem uma tropa de elite unificada
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
PATRICIA COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diferentemente de uma força-tarefa, os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e
Espírito Santo vão propor na próxima semana ao Ministério da
Justiça a criação do que estão chamando de Gabinete Regional de
Gestão Integrada para Enfrentamento do Crime Organizado.
A proposta dos quatro Estados
prevê a criação de uma unidade
policial de elite, com efetivo de
cerca de mil pessoas, entre policiais, integrantes dos governos estaduais e do Ministério Público.
A sugestão foi apresentada ontem pelo secretário da Defesa Social de Minas Gerais, Lúcio Urbano. O estudo prevê que o gabinete
seja comandado pelo Ministério
da Justiça, tenha efetivo das polícias Federal, Civil, Militar e Rodoviária e conte ainda com representantes das administrações penitenciárias de cada Estado.
Os Estados propõem a disponibilização dos bancos de dados das
polícias para troca de informações. Dessa forma, seria formada
uma única rede de acesso.
Eles vão propor também que as
polícias estaduais possam ultrapassar as divisas dos Estados
quando estiverem em ação policial. Hoje, isso só é possível se
houver autorização.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que
deverá participar, com os demais
governadores, da reunião no Ministério da Justiça, na terça, sobre
a formação do grupo.
Para o governador de Minas Gerais, o também tucano Aécio Neves, a integração das policiais é
fundamental. "A criminalidade
não respeita fronteiras e as nossas
forças policiais são obrigadas a
respeitá-las. É o momento de superarmos os entraves burocráticos." Os dois estiveram em solenidade no Palácio do Planalto.
O governador de São Paulo voltou a afirmar que a recente ofensiva de bandidos contra alvos policiais é uma reação de rigor contra
o crime no Estado.
Entre os feitos, citou a prisão,
em uma festa anteontem, de um
grupo supostamente ligado ao
PCC (Primeiro Comando da Capital). "O setor de inteligência da
polícia já detectou esse encontro.
Prendeu 120 de uma vez só."
Alckmin anunciou o investimento de R$ 3,6 milhões para a
instalação de bloqueadores de celular em 15 prisões paulistas.
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