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MISTÉRIO NO RIO
Investigação está na "estaca zero", diz chefe da Polícia Civil
Vizinho teria recebido ameaças
FREE-LANCE PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado titular da 16º Delegacia de Polícia, Marcus Henrique
Alves, disse ontem que irá inserir
no inquérito do assassinato do casal Staheli o relato de uma suposta
ameaça telefônica recebida por
um morador estrangeiro do Condomínio Porto dos Cabritos, na
Barra da Tijuca, no Rio.
O estrangeiro, executivo da Nokia, teria recebido uma ligação
ameaçadora no sábado. Amedrontados, a mulher e os dois filhos teriam deixado o país e voltado para Helsinque (Finlândia), lugar de origem da família. A Nokia
negou que o executivo da empresa tenha recebido telefonemas
com ameaças.
"Não se pode descartar nenhuma informação. Eles eram moradores do mesmo local onde viviam os Staheli. Qualquer dado
deve ser levado em conta", afirmou o delegado Alves.
O administrador do condomínio, que se identificou apenas como José Carlos, disse à Folha que
a família recebeu uma ligação "estranha e não identificada". "Foi
para o celular da mulher do executivo. Era uma ameaça de morte", disse ele.
O administrador foi chamado
ontem pelo delegado para falar
sobre a suposta ameaça à família
finlandesa. Ele começou a prestar
depoimento no início da noite.
Estaca zero
O chefe da Polícia Civil do Rio,
Álvaro Lins, disse que a polícia
não sabe quem é o assassino e
qual o motivo dos homicídios.
Ele afirmou ontem que os assassinatos podem ter sido resultado
de "roubo, vingança, crime passional ou algo ligado à empresa".
Questionado por jornalistas se a
polícia estaria "na estaca zero",
Lins respondeu: "Está".
Anteontem à noite, os quatro filhos do casal voltaram para os
EUA. A autorização para a viagem resultou de um acordo entre
a advogada do consulado americano e a polícia, pelo qual a filha
mais velha prestou depoimento.
A participação da adolescente no
crime foi descartada ontem pelo
delegado.
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