São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

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CLIMA

Duas mulheres e menina de três anos morreram após desabamentos no Estado

Chuva mata 3 e destrói casas no Rio no fim de semana

Gabriel de Paiva/Agência O Globo
Homem passeia de caiaque pelo bairro de Itaipu, em Niterói, para ver os estragos provocados pela chuva que atingiu o Estado do Rio


TALITA FIGUEIREDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Duas mulheres de 40 anos e uma criança morreram em desabamentos causados pela forte chuva que atingiu o Estado a partir de sábado à noite e se intensificou na madrugada de ontem. Pelo menos outras sete pessoas ficaram feridas, em várias cidades. Na capital, a chuva provocou dezenas de alagamentos e a interdição de ruas, por causa da queda de árvores e barreiras.
A menina Tatiane Coutinho Fernandes, 3, morreu ontem de manhã depois de um barranco cair sobre a casa onde morava, em Itaipu, bairro de Niterói (cidade a 15 km do Rio). Ela foi socorrida ainda com vida e levada para o Hospital Mário Monteiro, mas não resistiu aos ferimentos. Seu pai, Leandro José Fernandes dos Santos, 24, também ficou ferido.
Em Cachoeira de Macacu (a 98 km do Rio), a dona-de-casa Geralda Martins Gomes, 40, morreu na noite de sábado quando sua casa, localizada no morro do Cleber, desabou. Jefferson Gomes Barros, 10, e Luiz Aldemar Valadares, 9, que também estavam na casa, ficaram feridos.
Um desabamento de uma encosta sobre uma casa no bairro do Caju, em Maricá (RJ), causou a morte de Edna Soares da Silva Matias, também de 40 anos. Ele estava sozinha e foi socorrida por vizinhos.
Na favela Nova Brasília, no complexo do Alemão (zona norte do Rio), a casa de Luíza Siqueira, 43, desabou. Houve desabamentos de barreiras ainda nas cidades de Barra Mansa e São Gonçalo.
A queda de uma barreira no km 212 da Rodovia NovaDutra, sentido São Paulo-Rio, na altura de Paracambi, interditou a rodovia. A outra pista funcionou como mão dupla provocando engarrafamentos durante todo o dia.
Niterói e Rio sofreram com a chuva contínua. As pancadas fortes da madrugada provocaram alagamento em dezenas de ruas. Pela manhã de domingo, muitos carros eram obrigados a trafegar na contramão, para evitar imensas poças de água.

Meteorologia
Segundo a meteorologista Marlene Leal, as chuvas fortes foram causadas pelo acúmulo de duas frentes frias que chegaram ao Sudeste. Uma delas já estava no litoral do Espírito Santo desde a semana passada. A outra chegou anteontem ao Rio.
Segundo ela, este é um período do ano favorável a chuvas fortes. "A alta umidade e o calor provocam pancadas de chuva forte, que são intensificadas com a chegada de uma frente fria. A previsão é de chuva para toda a semana.


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