DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Em férias no Brasil, o estudante Cristiano Fedrigo, 20, que se diz afilhado de Frederick Lourderback e Barbara Anner, negou ontem que o casal norte-americano seja pedófilo. Ele conheceu o casal há sete anos, na colônia naturista Colina do Sol, onde sua mãe trabalhava como doméstica do casal.
"Eles sempre me trataram como um filho. Frederick jamais me passou a mão ou fez qualquer coisa do tipo. Isso tudo o que está acontecendo é uma grande injustiça", disse.
Fedrigo disse que, quando o casal veio para o Brasil, convidou-o para ajudar na ONG New Face. "Eu tinha um trabalho social com as crianças pobres da comunidade. Eles ficaram sabendo por minha mãe e me pediram para auxiliar na ONG."
Ele ganhou uma bolsa de estudos de uma entidade americana e mora em Nova York há um ano e meio.
Fedrigo disse que, ao saber da prisão do casal, viajou a Porto Alegre para acompanhá-los. "Não tenho idéia de quem fez essas denúncias absurdas contra eles, mas justiça vai ser feita", disse. A reportagem não conseguiu falar com o advogado de Lourderback e Anner.
O advogado Paulo André Alves, que defende o dentista André Herdy e a mulher Cleci Machado Jaeger, disse que a prisão de seus clientes "foi um grande mal-entendido".
Segundo ele, o casal não tem relação nenhuma com o suposto esquema. "Eles moram fora da colônia de nudismo e têm uma vida íntegra. Por exemplo, estavam encaminhando processo de adoção de uma criança", disse Alves.
Segundo o advogado, seus clientes eram "conhecidos" dos norte-americanos.


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