São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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outro lado

Solução sairá nos próximos dias, diz prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, por meio de nota, afirmou à Folha que a falta de carros para os agentes de zoonoses que combatem a dengue "será solucionada nos próximos dias". Está em curso uma licitação para contratar uma empresa de transporte.
A secretaria acrescentou que alguns agentes puderam usar carros de outros órgãos da prefeitura, mas que, de qualquer forma, a falta de veículos não prejudicou o trabalho de busca e eliminação do Aedes aegypti.
Esse serviço, disse, agora conta com o apoio dos agentes comunitários de saúde -aqueles que, como parte do Programa Saúde da Família, vão de casa em casa educando sobre a prevenção de doenças, entre outras atribuições.
A Secretaria da Saúde afirmou que os agentes comunitários, além de orientarem a população, eliminam "possíveis criadouros" do mosquito. Ou seja, a área não coberta pelos 2.400 agentes de zoonoses é alcançada pelos 5.700 agentes comunitários. É por isso que agora as bases do programa de combate à dengue são as UBSs (postos de saúde).
Procurado pela Folha, o Sindicomunitário (sindicato dos agentes comunitários de saúde) contestou o argumento da prefeitura. Disse que os agentes de saúde não foram capacitados para buscar e eliminar focos do mosquito da dengue.
"Os agentes comunitários educam a população sobre a doença, mas não sobem em caixa d'água para colher larva", explicou o presidente do sindicato, José Roberto Prebill.
A Secretaria Municipal da Saúde afirma que São Paulo não registra casos de dengue desde junho e que, pelos critérios internacionais, tem "baixa incidência" da doença. Nos próximos dias, colocará no ar uma campanha de rádio e TV para lembrar os cuidados necessários contra a dengue.
O Sindsep (sindicato dos servidores municipais) realizará uma assembleia nesta segunda para discutir as "precárias condições de trabalho" dos agentes de zoonoses. A presidente do sindicato, Irene Batista de Paula, afirma que não se descarta uma paralisação geral dos funcionários. (RW)


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