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Prefeitura cobra IPTU atrasado
de "puxadinhos"
Cerca de 20 mil imóveis ampliados desde 2003 não pagavam o imposto extra sobre a área construída
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo decidiu cobrar o IPTU atrasado
de imóveis que foram reformados e ganharam mais área construída, o popular "puxadinho".
Há atualmente 20 mil imóveis que foram ampliados a
partir de 2003 e estão sem pagar o imposto total devido, apesar de ter comunicado a reforma para a prefeitura. Somadas,
as novas áreas que estão nessa
situação têm tamanho superior
a dois parques Ibirapuera.
Os bairros da Subprefeitura
da Vila Prudente registram o
maior número de "puxadinhos" -se levada em conta a
soma das áreas reformadas.
As regiões sob administração
das subprefeituras de Vila Mariana (zona sul), São Mateus
(zona leste), Pinheiros (zona
oeste) e Ipiranga (zona sul)
completam o topo do ranking
dos "puxadinhos" devedores.
Apesar de essas casas e comércios terem sua ampliação
protocolada, a prefeitura não
tem cobrado o imposto extra
sobre a nova área por problemas burocráticos e falta de comunicação entre secretarias.
"O prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 175 milhões", disse o vereador Aurélio Miguel
(DEM), presidente da CPI do
IPTU da Câmara Municipal,
responsável pelo ranking. De
acordo com a Secretaria de Finanças, a cobrança já começou.
Alguns dos devedores são
grandes empreendimentos, como shoppings e faculdades reformados de 2003 para cá.
Quem tiver feito um "puxadinho" e for notificado pela prefeitura poderá pagar o imposto
extra à vista, com 6% de desconto, ou em dez parcelas.
Os membros da CPI solicitaram para o ano que vem a formação de um grupo de estudos,
envolvendo a Câmara e a Secretaria de Finanças, para consolidar uma legislação sobre o imposto, que, a pedido do prefeito
Gilberto Kassab (DEM), teve
aumentos de até 45% aprovados para o ano que vem.
"O emaranhado de leis dá
brecha às manobras jurídicas",
disse o vereador Antonio Donato (PT), relator da CPI.
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