ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Durante quase meio século de profissão, um turbilhão de acontecimentos importantes passou pelas lentes do fotógrafo Matuiti Mayezo: do cerco ao capitão Lamarca, no Vale do Ribeira, ao incêndio no Joelma, em SP.
Nascido em Santos (SP), era filho de imigrantes japoneses. Como lembrou certa vez em depoimento ao Jornalistas & Cia, os pais pouco depois de desembarcarem em Santos, vindos do Japão, deixaram os filhos no país e seguiram para Buenos Aires.
Matu, como era chamado, foi criado pelos avós numa colônia japonesa. Jovem, veio a SP, abandonou a escola de comércio e foi trabalhar com fotografia, fazendo retratos. Entrou para o jornalismo na década de 60, na sucursal da "Última Hora".
Nesta Folha, trabalhou por 41 anos e sete meses, até julho último, quando se afastou por problemas de saúde.
Morreu na noite de ontem, aos 78, após parada respiratória. Deixa dois enteados, que considerava como filhos, quatro netos e três bisnetos.
O enterro será às 18h de hoje, no cemitério do Jaraguá, SP.

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