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JOANNA PARISI LOMBARDI
(1921-2009)
A mãe de Lombardi morreu 7 dias após o filho
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Joanna Parisi vivia no Bixiga, centrão de SP, quando
conheceu Américo Lombardi, alfaiate e morador da Lapa, na zona oeste da capital.
Namoro vai, namoro vem,
casaram-se -ela tinha apenas 17 anos na época. De aluguel, instalaram-se numa casa no bairro italiano dela.
O sonho de Joanna era ter
tido casa própria, conta Reinaldo, um dos filhos. A clientela formada pelo marido era
boa: poderiam ter comprado
tantas casas que daria uma
vila. Mas Américo não administrava bem as receitas.
Foram quatro filhos. Um
deles, Luiz Lombardi Neto,
tornou-se o locutor de Silvio
Santos. Joanna, às vezes, pedia para o filho conversar
com o patrão. Quem sabe ele
não a ajudava com a casa?
Em 1995, o marido morreu, de Alzheimer. Joanna
morou um tempo com um filho até se mudar para uma
clínica. Há uns três anos, a
família a visitou no Dia das
Mães e a encontrou triste.
Reinaldo a levou para casa.
Voltou assim a ouvir suas
canções italianas e seu Roberto Carlos. Nos churrascos, pedia para beber cerveja.
No começo do ano, sofreu
dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e esteve em
estado vegetativo até quarta,
quando morreu, aos 88, deixando oito netos. Não teve a
casa sonhada. No intervalo
entre sua morte e a do filho
Lombardi, de infarto, na
quarta da semana passada,
nasceu Júlia, décima bisneta.
A missa de sétimo dia será
na quinta, às 20h, na igreja
São Roque do Imirim, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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