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CHUVAS
Prefeito de Petrópolis diz esperar por verbas federais para concluir obras; temporal de anteontem matou 17 pessoas
Casas de flagelados ficarão prontas somente em março
FERNANDO MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A PETRÓPOLIS
O prefeito de Petrópolis (a 65
km do Rio), Rubens Bontempo
(PSB), disse ontem que apenas
em março estarão prontas as 80
casas que possibilitarão a remoção das famílias da favela da Lavadeira, no bairro do Contorno, onde um deslizamento de terra soterrou 13 pessoas, na madrugada
de anteontem.
No total, 17 pessoas morreram
na cidade por causa do temporal
que durou quatro horas. As outras quatro vítimas foram arrastados após o transbordamento do
rio Piabanha.
A construção das casas é uma
promessa feita em dezembro de
2001, quando outro forte temporal provocou o desabamento de
casas na mesma favela, o que resultou em 50 mortes.
Dias depois da tragédia, o então
presidente Fernando Henrique
Cardoso esteve em Petrópolis e
prometeu liberar uma verba
emergencial. Num relatório entregue ao presidente, o prefeito
pediu R$ 62,5 milhões. Em agosto, somente R$ 4,4 milhões foram
enviados ao município, segundo
Bontempo.
De acordo com a prefeitura, o
atraso de oito meses na verba
prometida pelo governo federal
dificultou o trabalho nas áreas de
risco da cidade. Em 2002, 50 famílias da Lavadeira ocuparam parte
de 223 casas construídas em oito
meses. Bontempo prometeu que
outras 80 moradias ficarão prontas até março.
Ontem pela manhã, a governadora do Rio, Rosinha Matheus
(PSB), percorreu os bairros mais
atingidos pela chuva. O governo
do Estado destinou R$ 200 mil para a recuperação da cidade. O dinheiro é uma reserva da Defesa
Civil do Estado.
O prefeito decretou estado de
emergência. Moradores foram removidos das áreas de risco e estão
em abrigos da cidade.
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