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VIOLÊNCIA
Material coincide com o de Adriano da Silva, que admitiu 12 mortes; 7 jovens tinham sido indiciados por um dos crimes
DNA liga acusado à morte de 2 garotos no RS
GERSON LOPES
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PASSO FUNDO
Dois laudos periciais realizados
pelo Instituto Geral de Perícias
(IGP) apontaram que os materiais recolhidos das roupas do
vendedor de rapaduras Volnei Siqueira dos Santos, 12, de Passo
Fundo, e do corpo do menino Daniel Bernardi Lourenço, 13, de Sananduva, deram positivos em relação ao suspeito Adriano da Silva, 25. A informação foi confirmada pela chefia da polícia.
Os exames de DNA comprovaram que o material (sêmen) encontrado nas roupas íntimas de
Santos coincidiu com o perfil genético do suspeito.
O garoto desapareceu em 9 de
julho de 2003 e foi encontrado
morto uma semana depois num
matagal às margens da estrada
perimetral sul, a cerca de 8 km do
centro de Passo Fundo.
O laudo de necropsia apontou
traumatismo craniano provocado
por objeto contundente e esganação como as causas da morte. Siqueira ainda sofreu abuso sexual.
Durante o inquérito, a polícia
indiciou sete menores como os
autores do crime. Segundo o delegado da 1ª Delegacia da cidade,
Paulo Videla Ruschel, o grupo teria assumido a culpa e revelado
detalhes sobre o assassinato.
Mais tarde, os adolescentes denunciaram ter confessado sob
tortura. A Corregedoria da Polícia
instaurou uma sindicância para
apurar as denúncias, mas não se
manifestou sobre o caso.
O grupo foi indiciado e permaneceu durante 62 dias recolhido.
Foram liberados em razão de o
exame de DNA confrontado com
o sangue deles ter dado negativo.
"O processo está suspenso no
momento", afirmou o juiz da Infância e Juventude Clóvis Guimarães de Souza.
Depoimento
Outro laudo corroborou, mais
uma vez, o depoimento prestado
por Silva ainda na delegacia de
Lagoa Vermelha, logo após sua
captura, onde afirmou ter matado
sozinho 12 crianças no norte do
Rio Grande do Sul. O exame confirmou que a secreção encontradas em Lourenço, suposta última
vítima, também são dele.
Segundo o diretor do Departamento de Investigações Criminais, João Paulo Martins, a polícia
vai aguardar o trabalho das reconstituições para confrontar as
informações de Silva. O desafio é
descobrir se Silva agiu sozinho ou
teve apoio de outras pessoas.
Ontem, as equipes de peritos
iniciaram os trabalhos em Passo
Fundo. A previsão é que todos os
casos devem ser reconstituídos
até o final desta semana.
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