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Embaixador ataca deportação
enviado especial a Medina, Ohio
O governo brasileiro alega que
decidiu não colaborar com os
EUA no pedido de deportação
dos jovens Joao Herbert e Djavan
Arams Silva por "uma questão
humanitária".
Segundo o embaixador Mauricio Cortes Costa, responsável pelo
consulado brasileiro em Boston,
os dois não poderiam retornar ao
Brasil porque "não falam mais
português e não têm familiares
nem amigos no país. Não se adaptariam facilmente".
Costa informou que o Brasil reconhece a cidadania brasileira de
ambos, mas entende que as adoções são atos irrevogáveis.
"Os dois foram adotados quando crianças. Seria desumano
mandá-los de volta", afirmou o
embaixador.
O consulado em Boston, que
cuida do caso de Silva, contratou
um advogado de defesa e informou oficialmente à imigração
que não irá fornecer documentos
para sua deportação.
Apesar da posição do governo
brasileiro com relação ao caso dos
dois rapazes, o Itamaraty não fez
até o momento nenhuma gestão
política junto ao Departamento
de Estado dos EUA para resolver
o assunto, embora o problema
possa afetar, de agora em diante,
todas as adoções de crianças brasileiras feitas por famílias norte-americanas.
A persistir a posição dos EUA,
todas as crianças brasileiras que
forem adotadas e não forem imediatamente naturalizadas ficarão
numa espécie de limbo jurídico.
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