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OUTRO LADO
Para advogado de empresa, decisão deve ser dada pela Justiça do Rio
DA AGÊNCIA FOLHA
O advogado do laboratório Enila, Paulo Henrique Lins, considerou "descabido e infundado" o
pedido de prisão preventiva do
diretor-presidente e de três funcionários do laboratório.
"É um factóide criado para autopromoção. Os acusados estão à
disposição da Justiça e da polícia,
têm endereço fixo e não oferecem
risco à ordem. São cidadãos de
bem, que nem desenvolvem mais
atividade fabril."
De acordo com Lins, como o
Enila está sediado no Rio de Janeiro, não compete à Justiça goiana
julgar o caso. "Na hipótese de crime de adulteração de medicamento com resultado morte, o lugar do crime é onde houve a suposta adulteração. Portanto, seria
competência do juiz do Rio de Janeiro analisar."
Um dos resultados esperados,
diz Lins, é a perícia feita no local
em que o químico do laboratório,
Antônio Carlos Fonseca, afirma
ter jogado o resultado da experiência de transformar carbonato
de bário em sulfato de bário.
"Os peritos recolheram matéria
branca semelhante ao produto
químico no esgoto do Enila. Isso
pode comprovar a versão que ele
deu à polícia, de que não usou a
experiência no Celobar", afirmou
o advogado.
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