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Medicamento pode ter matado 21 pessoas no país
DA AGÊNCIA FOLHA
As primeiras mortes relacionadas ao uso do contraste radiológico Celobar começaram
a surgir em maio de 2003. As
cerca de 4.500 unidades do lote
impróprio (nš 3040068) foram
liberadas pelo laboratório Enila
em 16 de abril.
Até o dia 24 de maio, pelo
menos cinco pessoas já haviam
morrido em Goiânia após tomar o contraste. O lote foi para
outros oito Estados (SP, MG,
RJ, ES, SC, AL, PE, BA) e ao DF,
mas o maior número de frascos
foi distribuído em Goiás.
Pelo menos 21 pessoas podem ter morrido em decorrência da ingestão de Celobar em
todo o país. O número de vítimas que tiveram algum tipo de
sintoma após o uso do medicamento pode ultrapassar os 170,
segundo a Superintendência da
Vigilância Sanitária e Ambiental de Goiás, que concentra a
maior parte dos casos.
Depois das primeiras mortes
relacionadas ao medicamento,
a Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) interditou
o Enila, que teve a falência decretada e continua fechado.
Em junho, a Anvisa verificou
que o laboratório havia comprado 600 kg de carbonato de
bário -usado na formulação
de raticidas. A indústria informou que a substância foi usada
para sintetizar o sulfato de bário, matéria-prima do Celobar.
Embora o laboratório Enila
tenha informado o descarte do
produto da experiência, um
laudo da Fundação Oswaldo
Cruz detectou grande quantidade de carbonato no lote (14%
em 100g do contraste, contra
um limite máximo aceitável de
0,001%).
(AC)
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