São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

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Medicamento pode ter matado 21 pessoas no país

DA AGÊNCIA FOLHA

As primeiras mortes relacionadas ao uso do contraste radiológico Celobar começaram a surgir em maio de 2003. As cerca de 4.500 unidades do lote impróprio (nš 3040068) foram liberadas pelo laboratório Enila em 16 de abril.
Até o dia 24 de maio, pelo menos cinco pessoas já haviam morrido em Goiânia após tomar o contraste. O lote foi para outros oito Estados (SP, MG, RJ, ES, SC, AL, PE, BA) e ao DF, mas o maior número de frascos foi distribuído em Goiás.
Pelo menos 21 pessoas podem ter morrido em decorrência da ingestão de Celobar em todo o país. O número de vítimas que tiveram algum tipo de sintoma após o uso do medicamento pode ultrapassar os 170, segundo a Superintendência da Vigilância Sanitária e Ambiental de Goiás, que concentra a maior parte dos casos.
Depois das primeiras mortes relacionadas ao medicamento, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interditou o Enila, que teve a falência decretada e continua fechado.
Em junho, a Anvisa verificou que o laboratório havia comprado 600 kg de carbonato de bário -usado na formulação de raticidas. A indústria informou que a substância foi usada para sintetizar o sulfato de bário, matéria-prima do Celobar.
Embora o laboratório Enila tenha informado o descarte do produto da experiência, um laudo da Fundação Oswaldo Cruz detectou grande quantidade de carbonato no lote (14% em 100g do contraste, contra um limite máximo aceitável de 0,001%). (AC)


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