São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004

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PALACE 2

Presidente de associação faz denúncias contra juiz que atuou no caso Sérgio Naya
O presidente da Associação de Notários e Registradores do Brasil, Luiz Gustavo Leão Ribeiro, afirmou que o juiz Alexander Macedo fez pressão indevida, em dezembro de 2002, para que o hotel Saint Peter, em Brasília, servisse de garantia para um empréstimo de US$ 8 milhões que Naya tomaria no Panamá.
Ribeiro afirma que Macedo o pressionou -ameaçando até prendê-lo- para que a escritura fosse lavrada. Segundo ele, o imóvel não tinha habite-se, não era possível lavrar a escritura sem a assinatura das partes e os bens de Naya não poderiam ser desbloqueados por decisão de um juiz estadual (no caso, Macedo) porque eles estavam indisponíveis também por determinação da Justiça Federal.
"Como o imóvel não tinha habite-se, o juiz mandou que o terreno onde estava o hotel fosse hipotecado, em vez do prédio. Determinou que nenhuma exigência fosse impedimento para essa determinação. Fiz uma representação contra ele na Corregedoria de Justiça de Brasília."
O empréstimo -que nunca foi realizado- serviria para o pagamento das vítimas do desabamento do edifício Palace 2, em 98, que matou oito pessoas.
Em nota, Macedo afirmou que ameaçou prender Ribeiro "porque é obrigação de um juiz exigir que as suas ordens sejam cumpridas". Divulgou ainda decisão da juíza da 7ª Vara Federal de Execução Fiscal, Frana Elizabeth Mendes, de março de 2003, autorizando a hipoteca. O juiz disse lamentar que o empréstimo não tenha saído porque o dinheiro serviria para pagar as vítimas. (DA SUCURSAL DO RIO)


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