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EUA pretendem enviar ajuda a 3 Estados afetados
DA AGÊNCIA FOLHA
Os Estados Unidos pretendem
enviar ajuda a três Estados da região Nordeste atingidos pelas
chuvas. Dois representantes do
governo norte-americano estão
no Piauí para a realização de um
levantamento de ações destinadas
a ajuda aos desabrigados.
O brasileiro Antônio Pinheiro,
consultor da OFDA -órgão norte-americano responsável pelo
atendimento a desastres no exterior- para gestão de riscos, ligado à Usaid (agência norte-americana para o desenvolvimento internacional), e o guatemalteco José Luis Loarca, da ONG Cáridas,
ligada à Igreja Católica, realizam
um trabalho de logística para auxílio aos desabrigados no Piauí,
no Ceará e em Pernambuco.
De acordo com Pinheiro, após
serem municiados com informações dos órgãos públicos, eles enviarão à Embaixada dos Estados
Unidos no Brasil um plano de
ações emergenciais.
Com o término do levantamento, os EUA pretendem realizar
ações na área de saúde, prestar
auxílio às famílias que sofreram
perdas ocasionadas pelas chuvas
e enviar medicamentos à região.
Pinheiro disse que uma das
prioridades do trabalho é apontar
os problemas futuros que os Estados atingidos pelas chuvas possam enfrentar. "Após as enchentes, surtos de doenças costumam
ocorrer. Queremos fazer uma radiografia das cidades onde problemas mais graves possam surgir", disse ele.
Minas
Três ribeirões transbordaram
na madrugada de ontem em Guanhães (a 244 km de Belo Horizonte), na região do rio Doce, em Minas Gerais. Bairros da periferia e o
centro da cidade ficaram inundados. A prefeitura decretou calamidade pública na cidade.
As águas invadiram casas e lojas
e abriram buraco de cinco metros
em uma avenida da cidade. A estimativa da prefeitura é que 40%
dos comerciantes tenham perdido todas suas mercadorias. Cem
pessoas que ficaram desabrigadas
foram alojadas no mercado municipal e no ginásio poliesportivo.
Cestas no RN
Além de chegarem em número
insuficiente, as cestas básicas enviadas pelo governo federal ao
Rio Grande do Norte não contêm
os nutrientes necessários para
uma alimentação adequada, segundo o governo do Estado.
"O que foi distribuído para o
Rio Grande do Norte não pode ser
caracterizado como cesta básica.
Não tem feijão nem rapadura, por
exemplo, que são do hábito alimentar da região", diz Leonardo
Arruda, secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte.
As cestas básicas enviadas
(4.000) ao Estado são compostas
de dez quilos de arroz, dois quilos
de macarrão, três latas de óleo de
soja e um quilo de café.
O kit estava sendo distribuído
em 16 cidades. São 59 municípios
em estado de calamidade pública
e 13 em situação de emergência.
Arruda e a governadora do Estado, Wilma de Faria (PSB), estiveram reunidos ontem com o ministro Ciro Gomes (Integração
Nacional) para tratar dos problemas decorrentes das enchentes.
Segundo a assessoria do ministério, Ciro Gomes reconheceu
que a crítica ao conteúdo das cestas é procedente. O ministro disse
que o problema ocorreu devido à
falta de estoque de alguns produtos, mas que medidas para solucioná-lo, como a compra descentralizada de produtos, já estavam
sendo tomadas.
De acordo com a nutricionista
Andrea Galante, presidente da
Asbran (Associação Brasileira de
Nutrição), nas cestas enviadas ao
Rio Grande do Norte faltam principalmente proteínas.
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