São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

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Preso administrador acusado de roubar e estuprar dez mulheres

Vinicius de Almeida foi detido após atacar 2 prostitutas; ele nega os crimes

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O administrador de empresas Vinicius Sobreira de Almeida, 31, foi preso na noite de anteontem pela Polícia Militar, no bairro de Indianópolis (zona sul de São Paulo), acusado de roubar, estuprar e espancar mulheres. Ele foi preso em flagrante após atacar duas prostitutas que trabalham na região.
Após a prisão, outras oito mulheres foram à delegacia e o reconheceram. À Folha, Almeida negou os crimes. A polícia diz que, de maneira informal, ele assumiu os estupros. O caso foi registrado no 27º DP (Campo Belo).
Segundo a Polícia Civil, Almeida começou a cometer os crimes na zona sul no início de 2006 -mesmo ano em que foi levado a uma delegacia por ter se evolvido em uma briga com o lutador Ryan Gracie, morto em dezembro.
Duas das vítimas não são prostitutas e dizem terem sido atacadas porque estavam perto de locais de prostitutas.
Uma vítima disse que tinha 21 anos e estava grávida quando foi levada a um motel. Ela receberia R$ 50 pelo programa, mas diz ter sido roubada.
Bem vestido e com "simpatia incomum", segundo as vítimas, Almeida chegava com seu carro em pontos de prostituição de Indianópolis, Planalto Paulista, Moema e Jóquei Clube.
Ele, segundo as vítimas, distribuía elogios às prostitutas, combinava um programa e dizia que levaria a escolhida para o motel de um conhecido. No caminho, sacava a arma e começava a espancá-las. No motel, ainda segundo esses relatos, as violentava e as roubava.
Em vários casos, segundo a polícia, ele roubava celulares e dinheiro. A prisão em flagrante ocorreu justamente porque ele levava objetos das vítimas.
"Ele é muito simpático no começo. Combinamos R$ 70 pelo programa, mas ele até falou que ia me dar R$ 150. No carro, ele se transformou e começou a me bater muito", disse uma das vítimas, de 42 anos.
Responsável pelo setor de recursos humanos de uma empresa de logística em Diadema (ABC), Almeida disse à Folha que não cometeu nenhum dos crimes e que foi acusado injustamente. "Sou inocente e não quero dizer nada além disso."
Segundo Almeida -separado e pai de um menino de quatro anos- as prostitutas foram à polícia porque ele se recusou a pagar o valor combinado pelos programas. Daniel Romeiro, advogado de Almeida, disse que o administrador estava "apenas trafegando com seu carro, foi parado pela polícia e levado para a delegacia".


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