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Preso administrador acusado de roubar e estuprar dez mulheres
Vinicius de Almeida foi detido após atacar 2 prostitutas; ele nega os crimes
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O administrador de empresas Vinicius Sobreira de Almeida, 31, foi preso na noite de anteontem pela Polícia Militar,
no bairro de Indianópolis (zona
sul de São Paulo), acusado de
roubar, estuprar e espancar
mulheres. Ele foi preso em flagrante após atacar duas prostitutas que trabalham na região.
Após a prisão, outras oito
mulheres foram à delegacia e o
reconheceram. À Folha, Almeida negou os crimes. A polícia diz que, de maneira informal, ele assumiu os estupros. O
caso foi registrado no 27º DP
(Campo Belo).
Segundo a Polícia Civil, Almeida começou a cometer os
crimes na zona sul no início de
2006 -mesmo ano em que foi
levado a uma delegacia por ter
se evolvido em uma briga com
o lutador Ryan Gracie, morto
em dezembro.
Duas das vítimas não são
prostitutas e dizem terem sido
atacadas porque estavam perto
de locais de prostitutas.
Uma vítima disse que tinha
21 anos e estava grávida quando foi levada a um motel. Ela
receberia R$ 50 pelo programa,
mas diz ter sido roubada.
Bem vestido e com "simpatia
incomum", segundo as vítimas,
Almeida chegava com seu carro
em pontos de prostituição de
Indianópolis, Planalto Paulista, Moema e Jóquei Clube.
Ele, segundo as vítimas, distribuía elogios às prostitutas,
combinava um programa e dizia que levaria a escolhida para
o motel de um conhecido. No
caminho, sacava a arma e começava a espancá-las. No motel, ainda segundo esses relatos, as violentava e as roubava.
Em vários casos, segundo a
polícia, ele roubava celulares e
dinheiro. A prisão em flagrante
ocorreu justamente porque ele
levava objetos das vítimas.
"Ele é muito simpático no
começo. Combinamos R$ 70
pelo programa, mas ele até falou que ia me dar R$ 150. No
carro, ele se transformou e começou a me bater muito", disse
uma das vítimas, de 42 anos.
Responsável pelo setor de recursos humanos de uma empresa de logística em Diadema
(ABC), Almeida disse à Folha
que não cometeu nenhum dos
crimes e que foi acusado injustamente. "Sou inocente e não
quero dizer nada além disso."
Segundo Almeida -separado
e pai de um menino de quatro
anos- as prostitutas foram à
polícia porque ele se recusou a
pagar o valor combinado pelos
programas. Daniel Romeiro,
advogado de Almeida, disse
que o administrador estava
"apenas trafegando com seu
carro, foi parado pela polícia e
levado para a delegacia".
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