São Paulo, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

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entrevista

Não era para ter acontecido, afirma marido

DA REPORTAGEM LOCAL

O vendedor Luis Fabiano Zerbinatto diz que não premeditou o assassinato do detetive Caio Merigui, contratado por sua mulher para investigá-lo.

 

PERGUNTA - O senhor planejou o crime?
LUÍS FABIANO ZERBINATTO -
A gente pode ter agido como bandido, mas não foi nada premeditado. A gente foi até lá talvez até com medo do que esperava a gente. Na verdade o cara não era nenhum detetive, era um farsante.

PERGUNTA - O senhor foi lá armado e com outras pessoas, isso não é premeditação?
ZERBINATTO -
Não, a gente não esperava o que ia acontecer lá. Fomos porque não íamos saber se o cara era um bandido ou se tinha mais pessoas lá.

PERGUNTA - Por que ninguém chamou a polícia?
ZERBINATTO -
Porque a gente ficou com medo, só depois [pensamos nisso].

PERGUNTA - Ele não reagiu?
ZERBINATTO -
Não reagiu, mas ele estava com uma pistola, inclusive a arma do crime foi a dele mesmo.

PERGUNTA - O senhor bateu na cabeça dele?
ZERBINATTO -
Não sei, eu joguei meu revólver nele, antes do tiro.

PERGUNTA - Como foi esse momento?
ZERBINATTO -
Fomos no mato, eu e ele. Foi uma coisa que não era nem para ter acontecido. Ele chegou até o mato e aí me deu um branco e eu apertei [o gatilho]. E a minha vontade ali foi também apertar em mim depois.

PERGUNTA - Como foi a participação de seu pai e de seu amigo?
ZERBINATTO -
Foi para fazer segurança, e eles não foram comigo até o fim.

PERGUNTA - O senhor está arrependido? ZERBINATTO - Lógico que eu estou. Estou arrependido porque acabei com a minha vida, e acabei com a vida de pessoas que não tinham nada a ver.


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