São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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Retorno de morador a prédio da Barra Funda demorará mais

Interdição de imóvel com risco de desabamento durará no mínimo sete dias

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os moradores que tiveram de sair do prédio interditado por risco de desabamento na Barra Funda (zona oeste de SP) terão de esperar mais tempo para voltar para casa. A previsão inicial era que voltariam em três dias, mas foi estendida para pelo menos sete dias.
Eles saíram do edifício 225 da rua Tagipuru depois que o prédio comercial ao lado se descolou, na noite de quarta, formando uma fenda de até 4 cm de largura entre os imóveis.
Embora o motivo do acidente não esteja definido, uma obra vizinha aos dois prédios pode ter causado o deslocamento. Por isso, a Gattaz Engenharia, responsável pela construção, está fazendo um reforço nas fundações do prédio comercial, que ela agora prevê que termine em seis dias.
Em seguida, segundo o coordenador distrital da Defesa Civil Nelson Suguieda, o laudo será analisado, em até dois dias, por técnicos da prefeitura. Só então será possível decidir pelo fim da interdição. A obra da Gattaz não foi interrompida.
Ontem vários moradores ainda voltaram a seus apartamentos para buscar pertences.
O professor aposentado Sérgio Zurawski, 75, já tinha voltado duas vezes para buscar a lista de coisas que sua mulher havia passado. Assim como os outros 129 moradores do prédio, eles receberam da Gattaz uma diária de R$ 100 por pessoa, que usaram para pagar a hospedagem em um hotel próximo.
Antes de receber o auxílio, o assistente administrativo Renato Ribas, 53, passou a noite na rua, em frente ao prédio, "por falta de opção". Agora ele e a mulher estão em um flat.
Os condôminos do prédio comercial não receberam nenhuma ajuda, mas, na quinta-feira, ouviram a promessa de que poderiam alugar outros escritórios e teriam os gastos ressarcidos, diz a advogada Ida Leite, 43, cuja foto apareceu na Primeira Página da Folha de ontem. Junto a dois outros condôminos, ela formou uma comissão para contratar um perito para acompanhar os trabalhos da Gattaz.



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