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Retorno de morador a prédio da Barra Funda demorará mais
Interdição de imóvel com risco de desabamento durará no mínimo sete dias
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os moradores que tiveram de
sair do prédio interditado por
risco de desabamento na Barra
Funda (zona oeste de SP) terão
de esperar mais tempo para
voltar para casa. A previsão inicial era que voltariam em três
dias, mas foi estendida para pelo menos sete dias.
Eles saíram do edifício 225
da rua Tagipuru depois que o
prédio comercial ao lado se
descolou, na noite de quarta,
formando uma fenda de até 4
cm de largura entre os imóveis.
Embora o motivo do acidente não esteja definido, uma
obra vizinha aos dois prédios
pode ter causado o deslocamento. Por isso, a Gattaz Engenharia, responsável pela construção, está fazendo um reforço
nas fundações do prédio comercial, que ela agora prevê
que termine em seis dias.
Em seguida, segundo o coordenador distrital da Defesa Civil Nelson Suguieda, o laudo será analisado, em até dois dias,
por técnicos da prefeitura. Só
então será possível decidir pelo
fim da interdição. A obra da
Gattaz não foi interrompida.
Ontem vários moradores
ainda voltaram a seus apartamentos para buscar pertences.
O professor aposentado Sérgio Zurawski, 75, já tinha voltado duas vezes para buscar a lista de coisas que sua mulher havia passado. Assim como os outros 129 moradores do prédio,
eles receberam da Gattaz uma
diária de R$ 100 por pessoa,
que usaram para pagar a hospedagem em um hotel próximo.
Antes de receber o auxílio, o
assistente administrativo Renato Ribas, 53, passou a noite
na rua, em frente ao prédio,
"por falta de opção". Agora ele e
a mulher estão em um flat.
Os condôminos do prédio comercial não receberam nenhuma ajuda, mas, na quinta-feira,
ouviram a promessa de que poderiam alugar outros escritórios e teriam os gastos ressarcidos, diz a advogada Ida Leite,
43, cuja foto apareceu na Primeira Página da Folha de ontem. Junto a dois outros condôminos, ela formou uma comissão para contratar um perito para acompanhar os trabalhos da Gattaz.
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