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AVIAÇÃO
Um ano após incêndio, aeroporto reconstruído está mais confortável, mas passageiros reclamam de ar-condicionado
Dobram passageiros no Santos Dumont
MÁRIO MAGALHÃES
da Sucursal do Rio
O número de
passageiros dobrou, o déficit
de vagas no estacionamento
cresceu, a falta
de ar-condicionado no saguão
leva a temperatura às alturas.
Um ano depois do incêndio que
destruiu o Santos Dumont, porém,
o aeroporto do centro do Rio parece oferecer mais agilidade e conforto do que antes do fogo que começou na madrugada do dia 13 de
fevereiro de 1998, uma sexta, e só
foi controlado oito horas depois.
O mais tradicional aeroporto carioca reforçou a segurança, apesar
de não ter havido treinamento coletivo contra incêndios do pessoal
que lá trabalha e de as lanchas
compradas para salvamento na
baía de Guanabara não terem capacidade para recolher todos os
passageiros e a tripulação de um
Boeing 737 lotado. Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária), seus
funcionários foram preparados,
mas é difícil treinar o conjunto de
pessoal do aeroporto.
Quando a ponte aérea Rio-São
Paulo foi reaberta, em agosto, a Infraero projetou média de 11 mil por
dia. Reconstruído com investimento de R$ 24,8 milhões, o Santos Dumont está próximo do seu
limite e já planeja ampliar a área de
passageiros. O embarque deve
passar para o segundo andar.
Antes do fogo, cuja origem a perícia nunca determinou, passavam
diariamente 7.300 passageiros pelo aeroporto.
Hoje, com 400 decolagens ou
pousos diários, o número chega a
14,5 mil -98,6% a mais do que no
início de 1998 e 31,8% acima do
previsto. A maioria, de 65% a 70%,
chega ou vai para São Paulo.
""O Santos Dumont está melhor,
mais bonito, funcional e organizado", disse ontem o gerente de vendas Ítalo Novelo, usuário do aeroporto há mais de dez anos.
Irritado com o calor e suando
muito, o ator Ary Fontoura discordou: ""Está pior. É inconcebível a
ausência de um ar-condicionado,
numa cidade como o Rio, depois
de se refazer o aeroporto".
Para quem embarca, agora há
uma sala única, com 371 poltronas,
no lugar das antigas três salas, com
capacidade de 320 lugares. Com o
fim do pool Varig-Vasp-Transbrasil, com a associação operacional
da primeira à Rio Sul, o serviço dividiu-se tornou-se mais rápido.
O novo Santos Dumont tem agora uma sala de desembarque, com
duas esteiras para bagagem.
Das 1.100 vagas no estacionamento, cerca de 400 são reservadas
para o pessoal que trabalha no aeroporto e em prédios de empresas
aéreas. As 700 vagas rotativas muitas vezes são insuficientes. A Infraero estuda um aumento emergencial de um andar para carros.
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