São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PERNAMBUCO

Família diz que Paula Oliveira já voltou a viver no Brasil

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O pai da advogada Paula Oliveira, 28, condenada em dezembro na Suíça por ter enganado a Justiça local ao simular um ataque neonazista, divulgou nota ontem chamando o julgamento de Zurique de "processo kafkiano". Na nota, Paulo Oliveira mantém a versão inicial da filha de que ela foi, sim, agredida por neonazistas.
Paula está em Pernambuco desde o início do mês. "Se a versão da polícia suíça estiver certa, tratava-se de um caso médico, e não policial; e, se a versão de Paula for a verdadeira, como ela até hoje assegura, os responsáveis pela agressão continuam impunes", diz a nota.
Em fevereiro de 2009, a brasileira afirmou ter sido espancada por skinheads e teve parte do corpo retalhado por estilete. Disse ainda que estava grávida e que sofrera um aborto.
Poucos dias depois, a polícia de Zurique informou que ela não estava grávida no momento dos ferimentos e que ela poderia ter causado as feridas em si mesma. Paula chegou a confessar que mentiu sobre a gravidez e as agressões, mas o advogado que a defendeu, Roger Müller, afirmou que o depoimento prestado no hospital não tinha validade jurídica.
Na nota divulgada ontem, Oliveira, também advogado, questionou o fato de as recomendações de um professor de medicina da Universidade de Zurique -para que fosse realizada uma perícia psicológica em Paula- não terem sido cumpridas.
Segundo ele, Paula, a pedido da família, optou por não recorrer da decisão da Justiça, que a condenou a pagar multa de cerca de R$ 20 mil.
De acordo com o advogado, em nenhum momento as autoridades suíças cogitaram a possibilidade de deportação da filha do país. Foi ela, disse Oliveira, que não solicitou renovação do visto de permanência lá.
Além disso, afirmou, a filha não tem mais pendência com o Estado suíço. Segundo ele, o retorno ao Brasil aconteceu de forma espontânea e ela descansa na casa de parentes, em local não divulgado.


Texto Anterior: Voo atrasado pode ter indenização rápida
Próximo Texto: Passeata de professor para Paulista; greve é mantida
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.