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PERNAMBUCO
Família diz que Paula Oliveira já voltou a viver no Brasil
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O pai da advogada Paula
Oliveira, 28, condenada em
dezembro na Suíça por ter
enganado a Justiça local ao
simular um ataque neonazista, divulgou nota ontem chamando o julgamento de Zurique de "processo kafkiano". Na nota, Paulo Oliveira
mantém a versão inicial da
filha de que ela foi, sim, agredida por neonazistas.
Paula está em Pernambuco desde o início do mês. "Se
a versão da polícia suíça estiver certa, tratava-se de um
caso médico, e não policial; e,
se a versão de Paula for a verdadeira, como ela até hoje assegura, os responsáveis pela
agressão continuam impunes", diz a nota.
Em fevereiro de 2009, a
brasileira afirmou ter sido
espancada por skinheads e
teve parte do corpo retalhado por estilete. Disse ainda
que estava grávida e que sofrera um aborto.
Poucos dias depois, a polícia de Zurique informou que
ela não estava grávida no
momento dos ferimentos e
que ela poderia ter causado
as feridas em si mesma. Paula chegou a confessar que
mentiu sobre a gravidez e as
agressões, mas o advogado
que a defendeu, Roger Müller, afirmou que o depoimento prestado no hospital
não tinha validade jurídica.
Na nota divulgada ontem,
Oliveira, também advogado,
questionou o fato de as recomendações de um professor
de medicina da Universidade
de Zurique -para que fosse
realizada uma perícia psicológica em Paula- não terem
sido cumpridas.
Segundo ele, Paula, a pedido da família, optou por não
recorrer da decisão da Justiça, que a condenou a pagar
multa de cerca de R$ 20 mil.
De acordo com o advogado, em nenhum momento as
autoridades suíças cogitaram a possibilidade de deportação da filha do país. Foi
ela, disse Oliveira, que não
solicitou renovação do visto
de permanência lá.
Além disso, afirmou, a filha
não tem mais pendência com
o Estado suíço. Segundo ele, o
retorno ao Brasil aconteceu
de forma espontânea e ela
descansa na casa de parentes,
em local não divulgado.
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