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SAÚDE
Região de Campinas tem novo aumento de 20% no número de doentes em uma semana; total vai a 534
Casos de meningite não param de crescer
RAQUEL LIMA
free-lance para a Folha Campinas
A região de Campinas registrou
mais 86 casos confirmados de
meningite viral e soma, nos três
primeiros meses deste ano, um
total de 534 pacientes com a
doença, segundo o CVE (Centro
de Vigilância Epidemiológica) da
Secretaria de Estado da Saúde.
O número de casos da doença
no primeiro trimestre deste ano é
174% maior em comparação com
o registrado no mesmo período
do ano passado.
Com os novos casos, houve um
aumento de 20% no total de pacientes em relação ao balanço divulgado na semana passada pelo
CVE -quando a região somava
448 registros da doença.
A cada balanço semanal, o total
de casos tem aumentado em torno de 20%, apesar da previsão da
DIR-12 (Direção Regional de Saúde) de que havia tendência de redução nos números.
Em 11 dias, o número de casos
praticamente dobrou, indo de 276
em 21 de março para os 534.
Segundo a coordenadora da
DIR-12 de Campinas, Maria Filomena Gouveia Vilela, até ontem a
direção não havia recebido nenhuma notificação da doença
neste mês.
Maria Filomena informou que
ainda não foi detectado o agente
causador do surto de meningite
viral na região de Campinas.
Segundo ela, o resultado das
análises do Instituto Adolfo Lutz
deve sair nos próximos dias.
Maria Filomena disse que o
crescimento no número de casos
das doença ainda dentro do padrão de normalidade e que não há
razão para pânico.
O município de Campinas tem
o maior número de casos de meningite viral da região, com 218
pacientes.
Em seguida, aparecem as cidades de Sumaré (49 casos) e Americana (45 casos).
Suspeita
A Secretaria de Estado da Saúde
analisa a possibilidade de a vacina
contra a febre amarela estar relacionada com o surto de meningite
viral na região de Campinas.
O número de pacientes com a
doença na região aumentou no
mesmo período da campanha
contra a febre amarela.
A vacinação ocorreu entre 5 de
fevereiro e 3 de março, e cerca de 2
milhões de pessoas foram imunizados.
O instituto analisa amostras retiradas dos doentes para verificar
se há relação entre o surto e a vacina contra a febre amarela.
A vacina também é investigada
por um comitê internacional formado pela Ministério da Saúde,
por meio da Funasa (Fundação
Nacional da Saúde).
A investigação se deve à morte
da costureira Kate Cristina Ramos, de Americana, em fevereiro,
por reação à vacina.
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