São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2005

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OUTRO LADO

Garota afirma que pediu morte para "espírito"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Assustada e dispersa, Daniele Vásquez disse ontem que está "arrependida" pela morte de seu pai, José Eduardo Barcelos Vásquez, mas considera o crime "um presente de aniversário" -morto no domingo, véspera do aniversário de 20 anos dela-, devido a problemas que tinha com ele.
"Tinha [tramado o crime], mas pedi para o espírito. Não sabia que uma pessoa de carne e osso ia matar meu pai. Estou arrependida. Pai é pai, né?", disse ela.
Daniele negou que tivesse interesse no dinheiro de seu pai. "Era só mágoa, ele falava que ia me botar para fora de casa, me maltratava."
A jovem deixou a casa da mãe em maio do ano passado, quando foi morar com Jandira Custódio, com quem o pai-de-santo José Carlos Oliveira, também suspeito do crime, manteria um caso. A jovem, que deixou a escola e não trabalha, se mudou, em setembro do ano passado, para a casa do namorado, em Taguatinga. Foi lá que, segundo a polícia, foi realizado o ritual encomendando a morte.
Indagada sobre as versões diferentes que deu à polícia, Daniele disse que ficou "com medo", por isso deu o nome de um ex-namorado como autor dos disparos. Ela mostrou frieza ao falar do crime. "Foram só duas vezes que prometi matar ele".


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