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OUTRO LADO
Garota afirma que pediu morte para "espírito"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Assustada e dispersa, Daniele Vásquez disse ontem
que está "arrependida" pela
morte de seu pai, José
Eduardo Barcelos Vásquez,
mas considera o crime "um
presente de aniversário"
-morto no domingo, véspera do aniversário de 20
anos dela-, devido a problemas que tinha com ele.
"Tinha [tramado o crime],
mas pedi para o espírito.
Não sabia que uma pessoa
de carne e osso ia matar meu
pai. Estou arrependida. Pai é
pai, né?", disse ela.
Daniele negou que tivesse
interesse no dinheiro de seu
pai. "Era só mágoa, ele falava
que ia me botar para fora de
casa, me maltratava."
A jovem deixou a casa da
mãe em maio do ano passado, quando foi morar com
Jandira Custódio, com
quem o pai-de-santo José
Carlos Oliveira, também
suspeito do crime, manteria
um caso. A jovem, que deixou a escola e não trabalha,
se mudou, em setembro do
ano passado, para a casa do
namorado, em Taguatinga.
Foi lá que, segundo a polícia,
foi realizado o ritual encomendando a morte.
Indagada sobre as versões
diferentes que deu à polícia,
Daniele disse que ficou "com
medo", por isso deu o nome
de um ex-namorado como
autor dos disparos. Ela mostrou frieza ao falar do crime.
"Foram só duas vezes que
prometi matar ele".
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