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CET diz nunca ter investido tanto para melhorar trânsito
Empresa culpa "abandono" de direções
anteriores por deficiências em serviços
básicos
DA REPORTAGEM LOCAL
A CET de São Paulo rebate as
críticas às deficiências em seus
serviços básicos de atendimento dizendo que "nunca nos últimos 30 anos uma administração municipal gastou tanto" em
trânsito como atualmente.
A companhia atribui boa parte dos problemas enfrentados
até hoje à situação em que ela
foi deixada, no final de 2004,
pela gestão Marta Suplicy (PT).
"A recuperação da situação
da CET tem feito com que o governo municipal tenha que ao
mesmo tempo fazer frente às
grandes necessidades do dia-a-dia do trânsito e à superação do
sucateamento deixado pelas
administrações anteriores."
A companhia listou medidas
adotadas ou planejadas, como
pequenas obras em corredores
de ônibus e alguns projetos futuros de ampliação viária.
A CET não respondeu a alguns questionamentos, como a
falta de guinchos terceirizados.
Ela escreveu que, em 2005,
avaliou seus equipamentos e
verificou uma situação de
"abandono". Afirmou que "praticamente" não havia contrato
de manutenção "para garantir a
operacionalidade" dos semáforos em tempo real "nem a monitoração" das câmeras.
Segundo a CET, havia na
época somente 11% dos semáforos operando em tempo real
(não disse quantos são hoje) e
34% das câmeras contratadas
-devido ao rompimento da rede de transmissão de dados.
A companhia diz que elaborou nos últimos três anos um
plano de revitalização dos semáforos inteligentes, que a recuperação começou no primeiro semestre de 2006 e que a revitalização dos equipamentos
de campo, iniciada em abril de
2007, está prevista para acabar
em dezembro deste ano.
A CET afirma que a licitação
para recuperar as câmeras está
na fase de publicação de edital,
com a contratação do serviço
prevista para ocorrer no início
do segundo semestre deste ano.
Em referência aos seus veículos, a CET diz que a prefeitura repassou R$ 16,6 milhões para investir na frota em 2006 e
2007. Afirma que a idade média
era próxima de dez anos em
2005 e que, desde então, já foram comprados 262 veículos
novos e que outros 86 serão entregues em 2008. A CET diz
que considera boa a disponibilidade de 80% de sua frota e
afirma que metade dos parados
faz manutenção preventiva
-no último dia 8, apenas 28%
estavam nessa situação.
As respostas da gestão Kassab às perguntas enviadas na
terça-feira foram dadas somente às 18h15 de sexta-feira. A Folha não conseguiu contato com
Jilmar Tatto, secretário dos
Transportes na gestão Marta
Suplicy, a partir desse horário.
Em 2005, sua assessoria negava qualquer sucateamento da
CET, dizia que a situação da
empresa era melhor que a de
2000 e que ela havia se destacado pela prioridade ao transporte coletivo.
(ALENCAR IZIDORO)
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