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VIOLÊNCIA
Crime foi em Jacareí (SP), cinco dias após morte de professora; polícia acha que caso tem ligação com tráfico
Casal é morto com tiros de espingarda
da Folha Vale
Um casal foi morto em Jacareí
(68 km a leste de São Paulo) na
madrugada de ontem com tiros de
espingarda calibre 12 no rosto.
Segundo o delegado-seccional
de Jacareí, Roberto Monteiro de
Andrade Júnior, o caso deve ter ligação com o tráfico de drogas.
"Os traficantes matam sempre
do mesmo jeito para mostrar
quem cometeu o crime. É como se
fosse uma assinatura", disse.
O duplo homicídio aconteceu
cinco dias depois da morte da professora Beatriz Junqueira da Silveira Santos, que, de acordo com a
polícia, também pode ter ligações
com o tráfico de drogas.
Com a ocorrência de ontem, Jacareí passa a registrar três homicídios em apenas 13 dias. Por mês,
ocorrem em média cinco assassinatos na cidade, de acordo com a
Polícia Civil.
O crime
O vendedor Márcio Roberto Damaceno, 22, e Nilcéia Caetana dos
Santos, 18, foram assassinados na
casa onde moravam, no bairro Rio
Comprido, periferia da cidade. A
polícia ainda não tem suspeita de
quem tenha cometido o crime.
Na hora da ocorrência, os tiros
foram ouvidos pelos vizinhos, que
tentaram socorrer as vítimas e avisaram a polícia. Damaceno e Nilcéia morreram no local.
A polícia ainda está apurando se
foi roubado alguma coisa da casa
onde morava o casal.
Tráfico
O delegado-seccional Andrade
Júnior afirma que cerca de 90%
dos homicídios em Jacareí ocorrem devido ao tráfico. "Mortes
por outros motivos são raras",
afirmou o delegado.
Em março, a Polícia Civil da cidade contabilizou cinco homicídios. Andrade Júnior afirma que a
ocorrência de três assassinatos em
apenas cinco dias não é normal.
"O alto número de crimes registrados nesses dias é uma exceção à
regra da cidade", disse.
Andrade afirma que não pretende aumentar o número de policiais no combate ao tráfico.
Segundo ele, as equipes da Dise
(Delegacia de Investigações Sobre
Entorpecentes) já estão fazendo
um trabalho intensivo de repressão e prevenção.
No mês passado foi apreendido
1,1 kg de maconha, a maior
apreensão do ano.
A média mensal é de 30 flagrantes, segundo o delegado.
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