São Paulo, Domingo, 13 de Junho de 1999
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Mudança em ônibus alivia o caixa da prefeitura, mas pode deixar usuário a pé

Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Motorista observa ônibus com pneus esvaziados durante protesto


da Reportagem Local

A mudança no transporte por ônibus anunciada pela Prefeitura de São Paulo segunda-feira ocorre em um momento crucial: para a prefeitura, o sistema é caro; para o usuário, o serviço é ruim. Em 98, o sistema custou US$ 133 milhões à prefeitura. Mas uma pesquisa com 3.000 usuários avaliou que as condições do serviço são as piores desta década.
Apesar da necessidade de mudança, a iniciativa da prefeitura, motivada pela crise no caixa municipal, gerou críticas.
O contrato assinado na semana passada prevê o fim do desembolso pela prefeitura. A única fonte de receita será o usuário, e estão proibidos aumentos de tarifa.
Para evitar prejuízo, as empresas têm duas saídas, cortar custos e aumentar o número de passageiros. Ganharam, para isso, um instrumento importante e polêmico: a liberdade de mudar itinerários e reduzir o número de ônibus em uma linha sem autorização prévia da prefeitura.
Para a prefeitura, isso dá às empresas agilidade para buscar usuários e tornar o setor independente do dinheiro público. Já o usuário pode ficar a pé ou ter de esperar ainda mais nos pontos de ônibus.


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