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Doença mental pode levar à incapacitação
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
Das dez principais causas
de incapacitação, quatro são
relacionadas à saúde mental:
depressão, abuso de álcool,
transtorno maníaco-depressivo (estado alternado de euforia e depressão) e transtorno obsessivo-compulsivo.
A conclusão é de um estudo do Banco Mundial, da
OMS (Organização Mundial
de Saúde) e da Escola de
Saúde Pública de Harvard.
O fato de problemas de
saúde mental serem tão frequentes faz com que todas as
ações na área afetem um
grande número de pessoas.
Como a maioria dos brasileiros é pobre e depende do poder público, eles são os mais
atingidos pelas políticas.
Para Pedro Gabriel Salgado, coordenador de saúde
mental do Ministério da
Saúde, os recursos precisam
ser direcionados à reintegração dos pacientes.
"Os recursos atuais são
poucos e utilizados em internações que isolam os pacientes", diz ele. Para o coordenador, as internações de
pessoas em crise deveriam
ocorrer em hospitais gerais,
onde a lógica é atender o paciente, retirá-lo do quadro
agudo e dar alta.
"É preciso pensar no bem-estar das pessoas, e isso não
pode ser contabilizado", diz
a psicóloga Lumena Furtado, presidente do Conselho
Regional de Psicologia de
São Paulo.
O principal risco da política de desinternação é que os
serviços substitutivos não
atendam a demanda, levando pessoas doentes que não
têm para onde ir a ficar perambulando pelas ruas.
"Ninguém pensa em extinguir hospitais psiquiátricos
sem uma rede alternativa
consolidada", diz Lumena.
Além disso, é preciso prover moradia para os pacientes sem vínculos familiares.
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