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Centros não acompanham demanda maior
ESPECIAL PARA A FOLHA
À medida que cresce a detecção dos casos de insuficiência renal, há necessidade
de aumentar também o número de diálises e transplantes. Mas os centros que realizam transplantes no Brasil
não conseguem acompanhar a demanda crescente.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia e do Ministério da Saúde,
a quantidade de pacientes
em diálise passou de 160 para 262 por milhão de habitantes entre 94 e 99 -um
aumento de 62,5%.
No mesmo período, o número de transplantes renais
cresceu 43,75% (de 1.600 para 2.300 por ano). "Apesar
de o Brasil ser o quarto país
no ranking mundial de número de transplantes renais,
esse valor é deficitário para
nossa população", diz Flávio
de Paula, da Unidade de
Transplante Renal do HC.
As falhas de captação dos
órgãos e a falta de doadores
são os principais obstáculos
para a melhora do serviço.
"A maioria dos doadores
em São Paulo está na periferia da cidade, onde ocorrem
mais mortes por trauma
(acidentes automobilísticos,
ferimentos por armas de fogo) e onde a estrutura hospitalar é mais deficiente", afirma João Carlos Campagnari,
coordenador do Setor de
Transplantes do Hospital da
Beneficência Portuguesa.
Por isso, as pessoas com
morte encefálica, que são
doadoras em potencial, precisam ser trazidas para hospitais de captação, que têm
equipes médicas especializadas na retirada de órgãos.
"Entre a cirurgia de retirada dos órgãos e a liberação
do corpo pelo IML, passa-se
um pouco mais do que 24
horas. Isso desmotiva as futuras doações na família",
afirma Campagnari.
(ABJ)
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