São Paulo, domingo, 13 de agosto de 2000


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Centros não acompanham demanda maior

ESPECIAL PARA A FOLHA

À medida que cresce a detecção dos casos de insuficiência renal, há necessidade de aumentar também o número de diálises e transplantes. Mas os centros que realizam transplantes no Brasil não conseguem acompanhar a demanda crescente.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia e do Ministério da Saúde, a quantidade de pacientes em diálise passou de 160 para 262 por milhão de habitantes entre 94 e 99 -um aumento de 62,5%.
No mesmo período, o número de transplantes renais cresceu 43,75% (de 1.600 para 2.300 por ano). "Apesar de o Brasil ser o quarto país no ranking mundial de número de transplantes renais, esse valor é deficitário para nossa população", diz Flávio de Paula, da Unidade de Transplante Renal do HC.
As falhas de captação dos órgãos e a falta de doadores são os principais obstáculos para a melhora do serviço.
"A maioria dos doadores em São Paulo está na periferia da cidade, onde ocorrem mais mortes por trauma (acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo) e onde a estrutura hospitalar é mais deficiente", afirma João Carlos Campagnari, coordenador do Setor de Transplantes do Hospital da Beneficência Portuguesa.
Por isso, as pessoas com morte encefálica, que são doadoras em potencial, precisam ser trazidas para hospitais de captação, que têm equipes médicas especializadas na retirada de órgãos.
"Entre a cirurgia de retirada dos órgãos e a liberação do corpo pelo IML, passa-se um pouco mais do que 24 horas. Isso desmotiva as futuras doações na família", afirma Campagnari. (ABJ)


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