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POLÍCIA FORA DA LEI
Em nota, entidade diz que acusações não eram contra secretário
Carta gera crise entre Estado e OAB
DA REPORTAGEM LOCAL
A divulgação pela OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) da
carta de um preso ex-colaborador
da Polícia Militar, na qual ele afirma ter mantido contato com o secretário da Segurança Pública,
Saulo de Castro Abreu Filho, provocou uma crise entre a entidade
e o governo do Estado.
Ontem, a OAB divulgou nota na
qual afirma não ter feito "acusações contra o secretário", mas
apenas solicitado uma investigação de "indícios de ilegalidade no
recrutamento de presos".
A nota de ontem, assinada pelo
presidente da OAB-SP, Carlos Miguel Aidar, é bem mais amena do
que o documento divulgado há
uma semana, em entrevista coletiva com a presença de entidades
de direitos humanos e advogados.
Essa documentação, incluindo
a carta do preso, motivou o Tribunal de Justiça a abrir investigação
sobre o envolvimento do secretário e de dois juízes. Na carta, o ex-colaborador do Gradi (Grupo de
Repressão e Análise dos Delitos
de Intolerância) da PM disse que
manteve dois contatos com o secretário e que Abreu Filho sabia
da infiltração de presos.
No governo, a nota foi interpretada como um recuo da OAB. A
reportagem não conseguiu localizar Carlos Miguel Aidar.
Ontem, a juíza Ivana David Boriero foi indicada para chefiar o
Dipo (Departamento de Inquérito Policiais), no lugar do juiz
Maurício Lemos Porto Alves,
afastado da função para a investigação do caso.
Entidades de direitos humanos
se reúnem hoje para discutir um
pedido de afastamento de Abreu
Filho, a ser enviado ao governo.
Também será avaliada a denúncia
do caso a órgãos internacionais.
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