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Doações são desviadas em Paraitinga, diz Defensoria
Acusação é que verba foi usada na reforma da prefeitura; prefeita nega
Ação pede pagamento de R$ 80 mil às famílias vítimas das enchentes; Estado diz que defensor tem motivação eleitoral
DE SÃO PAULO
A Defensoria Pública paulista aponta desvio de verbas
de doações destinadas às vítimas da enchente que atingiu São Luiz do Paraitinga
por parte da prefeitura local.
O dinheiro teria sido usado
na reforma da sede do governo do município, que fica a
182 km de São Paulo, e não
para reconstruir o centro histórico praticamente destruído pelas cheias de janeiro.
A denúncia integra uma
ação na qual a Defensoria pede à Justiça que a prefeitura e
o Estado paguem R$ 80 mil a
cada família que tenha perdido a casa após as enchentes.
O órgão culpa os governos
pela falta de políticas de prevenção de tragédias no local.
O defensor Wagner Giron
de la Torre, de Taubaté, afirma que há demora do município para usar as doações.
OUTRO LADO
A prefeita Ana Lúcia Bilard
Sicherle (PSDB) diz não ter sido notificada. Ela nega as
acusações da Defensoria.
Segundo a prefeita , foram
gastos até agora R$ 96 mil em
"necessidades básicas". A
verba veio de uma conta na
qual foi depositada a doação
de R$ 100 mil de um banco.
Procurado pela Folha, o
governo do Estado negou
que tenha havido negligência de sua parte. Afirmou ainda que a ação é uma "aventura jurídica" com cunho político em um ano eleitoral.
(FELIPE LUCHETE)
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