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Condenados relatam injustiça e indignação
DA SUCURSAL DO RIO
Injustiça e indignação. Essas
palavras resumem o que relatam
o sargento fuzileiro naval Fábio
Reis e o soldado da Marinha Carlos Eduardo Mombrine sobre a
vida que levam hoje.
Ambos foram condenados pela
Justiça Militar por terem desviado
armas de quartéis.
Preso desde 2000, Reis até hoje
alega inocência no caso e teme
não conseguir emprego quando
sair da cadeia. Segundo o advogado Alessandro Moura de Paula
Freitas, o militar não tinha envolvimento com traficantes.
Freitas diz que, na época em que
Reis foi preso, a Marinha não conseguiu comprovar que o armamento achado na casa dele tinha
sido desviado de algum quartel.
Segundo o advogado, Reis afirma que as armas lhe pertenciam
porque ele atuava como armeiro
em um clube de tiro, além de ser
atirador profissional.
Esperança
O advogado Godofredo Nunes
Filho afirmou ter muitas esperanças de conseguir a absolvição do
cliente Carlos Eduardo Mombrine. Ele disse que Mombrine só foi
condenado porque estava de serviço no dia da invasão à Estação
de Rádio Central da Marinha, em
2002, mas não ajudou os invasores a roubar o armamento.
"Nenhuma das testemunhas reconheceu meu cliente como um
participante da invasão."
O sargento do Exército João
Carlos Teixeira Coutinho enfrentou dificuldades para refazer a vida depois de ser condenado em
2000 e cumprir pena. Segundo
seu advogado, José Carlos Sarkis,
após ser solto, Coutinho fez várias
entrevistas para emprego e enviou currículos a muitas empresas, mas não conseguiu trabalho.
Sarkis afirmou que, diante das
dificuldades, Coutinho acabou
aceitando um convite do cunhado
para trabalhar em um trailer.
O advogado disse que o cliente
admitiu ter furtado a arma para
vendê-la a traficantes de drogas.
Segundo ele, Coutinho fez isso para quitar dívidas. Segundo Sarkis,
ao vender a arma para traficantes
do morro da Fazendinha ligados
ao CV (Comando Vermelho), a
família de Coutinho teve de deixar a casa onde morava porque ficava numa área dominada pelo
Terceiro Comando. (MHM)
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