São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 2005

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ADMINISTRAÇÃO

Corte no número de funcionários varia de 9,5% a 25%; serviço é prestado por empresas terceirizadas

Serra "encolhe" as equipes de limpeza e manutenção do CEU

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

A administração José Serra (PSDB) reduziu em cerca de 20% o número de funcionários que prestam serviços de limpeza e conservação nos CEUs, os 21 "escolões" da periferia de São Paulo criados durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).
A limpeza e conservação dos "escolões" é feita por empresas terceirizadas. A redução, realizada por aditamentos aos contratos vigentes, deve levar à dispensa de mais de 200 trabalhadores.
A decisão foi publicada no "Diário Oficial da Cidade" no último sábado. O corte varia de 9,5%, no CEU Alvarenga, a 25%, no CEU Campo Limpo, ambos na zona sul da capital.
Segundo o secretário municipal da Educação, José Aristodemo Pinotti, o corte faz parte de um redimensionamento da rede. "O número de pessoas que trabalham nessas escolas foi superdimensionado [na gestão passada]. Os contratos previam serviços além das necessidades reais", disse Pinotti (leia texto abaixo).

Outros cortes
Esse não é o primeiro corte que a gestão Serra faz nos CEUs, uma das principais bandeiras na derrotada campanha de reeleição de Marta Suplicy, em 2004.
Desde o início do ano, a atual administração reduziu a quantidade de seguranças nas unidades da zona sul da cidade. O número de vigilantes caiu de oito para cinco em cada turno.
Também houve uma redução nas atividades culturais, que aconteciam todos os finais de semana, em 2004. O catálogo de filmes nas unidades que têm cinemas quase não aumentou e a programação teatral é basicamente feita por grupos da comunidade.

Fim de governo
No final do governo Marta, nos últimos meses de 2004, a agenda de atividades estava movimentada. Havia aulas de teatro, artes plásticas, dança e música.
Mas as reclamações por atraso e mesmo falta de pagamento em algumas unidades levou funcionários a paralisarem suas atividades.
Em 31 de dezembro, os contratos dos educadores acabaram. E, nas primeiras semanas deste ano, no início da gestão Serra, muitos foram à prefeitura reclamar que não tinham recebido os pagamentos por trabalhos prestados nos últimos meses de 2004. A grande maioria dos reclamantes negociou com a atual gestão e já conseguiu receber.


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