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OUTRO LADO
Banco diz que documentos valem
DA REPORTAGEM LOCAL
O departamento jurídico do
BRJ defende a regularidade das
garantias prestadas às empresas
de ônibus sob a alegação de que a
instituição aprovou a abertura de
uma "dependência" em São Paulo no final de abril e comunicou a
decisão ao Banco Central.
Esse escritório, na avaliação do
BRJ, é suficiente para caracterizar
a existência de domicílio bancário
na capital paulista, conforme exigência de portaria municipal.
A Secretaria das Finanças, porém, informou, em nota, que encaminharia "cópias dos endossos
dessas cartas de fiança à Polícia
Civil para verificação de eventual
cometimento de crime de falsidade". A Folha apurou que a medida se deve ao fato de os papéis terem sido apresentados citando a
existência de "filial" do BRJ em
São Paulo, e não "dependência".
O BRJ informou ainda que "as
cartas de fiança concedidas [...]
são emitidas após análise minuciosa da situação econômica, financeira e cadastral das pessoas
jurídicas ou físicas interessadas" e
que "tem a certeza de que os seus
afiançados têm condições [...] para honrar" suas obrigações. O
banco diz desconhecer os termos
da auditoria do INSS.
Posicionamento
Os quatro consórcios de ônibus
que entregaram as garantias do
BRJ foram contatados nas duas
últimas semanas pela Folha, mas,
até ontem, só dois deram algum
posicionamento. O Unisul informou que preferia não se manifestar. O Via Sul diz ter interesse de
se pronunciar e esclarecer os fatos
nos próximos dias. Outros dois
(Plus e Sete) não responderam.
Os consórcios Bandeirante,
Sambaíba e Sudoeste apresentaram novas garantias do Bradesco,
Safra e ABN-AMRO Bank, respectivamente, que não foram
consideradas irregulares.
Todos entregaram cartas falsas
na gestão Marta Suplicy -e se dizem vítimas de uma corretora.
Em nota das secretarias de Finanças e dos Transportes, a prefeitura informou ter consultado a
existência de domicílio do BRJ em
São Paulo pela Receita Federal.
"As garantias oferecidas em julho de 2005 seguiram todos os
procedimentos regulares. Estão
dentro das exigências feitas pela
Secretaria de Finanças e são regulares", afirmou há duas semanas
Frederico Bussinger, secretário
dos Transportes, após prestar depoimento na Câmara Municipal.
Diante de questionamentos feitos pela Folha há 11 dias, a administração tucana informou inicialmente ter decidido "aprofundar a apuração dos fatos referente
ao banco BRJ", tendo enviado ofícios ao BC e ao BRJ.
Ontem, a Secretaria das Finanças informou que "não existe filial
ou mesmo domicílio dessa instituição na cidade de São Paulo" e,
portanto, "está solicitando à Secretaria Municipal dos Transportes que providencie junto às empresas, imediatamente, a substituição das cartas de fiança do banco BRJ em vigor". A pasta diz ainda que é responsabilidade do BC a
fiscalização das cartas de fiança.
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