São Paulo, quarta-feira, 13 de setembro de 2006

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Arma usada em crime pode ser do coronel

Perícia comprova que revólver usado no assassinato é do mesmo modelo do que desapareceu do apartamento de Ubiratan

Exame mostra que deputado havia ingerido álcool no dia do crime; roupas de namorada irão passar por análise

DA REPORTAGEM LOCAL

O projétil que matou o coronel da reserva Ubiratan Guimarães saiu de um revólver pequeno, calibre 38, do mesmo modelo da arma que sumiu do apartamento do coronel depois do assassinato.
Ubiratan costumava deixar o revólver ao lado da sua carteira de deputado estadual pelo PTB, na sala de seu apartamento. Além desse revólver, o coronel da reserva possuía mais seis armas em casa, que foram encontradas pela polícia.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) suspeita que coronel tinha sido atingido por um tiro disparado de sua própria arma.
O disparo foi efetuado a um pouco mais de um metro de distância e transfixou o corpo do coronel a 78 cm de altura. O projétil foi encontrado no encosto do sofá.
Exame feito pela polícia científica detectou que Ubiratan tinha ingerido álcool. Em um dos copos encontrados no apartamento havia batida de caju.
Os policiais ainda vão encaminhar ao IC (Instituto de Criminalística) as roupas que a namorada de Ubiratan, Carla Cepollina, teria usado no último sábado, quando esteve com o coronel.
Os peritos também vão analisar uma toalha bege, suja de sangue, encontrada no banheiro do apartamento. A polícia quer saber se o sangue era do coronel. Ubiratan foi encontrado caído na sala, enrolado em outra toalha.
A polícia também pretende pedir um exame metalográfico para pesquisar outros metais, além do chumbo, nas roupas, toalhas e mãos de Carla.
De acordo com especialistas, esse exame é mais minucioso e consegue detectar os elementos químicos da pólvora, como partículas de lítio, cobre e enxofre.

Depoimento
Em um depoimento à polícia, que durou cerca de 13 horas, Carla negou a autoria do crime. Seu depoimento apresentava diversas contradições, de acordo com policiais.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP, afirmou, na noite de ontem, que o depoimento de Carla foi feito de forma minuciosa, mas não revelou o teor. Ela foi tratada como testemunha.


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