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Arma usada em crime pode ser do coronel
Perícia comprova que revólver usado no assassinato é do mesmo modelo do que desapareceu do apartamento de Ubiratan
Exame mostra que
deputado havia ingerido
álcool no dia do crime;
roupas de namorada
irão passar por análise
DA REPORTAGEM LOCAL
O projétil que matou o coronel da reserva Ubiratan Guimarães saiu de um revólver pequeno, calibre 38, do mesmo modelo da arma que sumiu do
apartamento do coronel depois
do assassinato.
Ubiratan costumava deixar o
revólver ao lado da sua carteira
de deputado estadual pelo PTB,
na sala de seu apartamento.
Além desse revólver, o coronel
da reserva possuía mais seis armas em casa, que foram encontradas pela polícia.
O DHPP (Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa) suspeita que coronel tinha
sido atingido por um tiro disparado de sua própria arma.
O disparo foi efetuado a um
pouco mais de um metro de
distância e transfixou o corpo
do coronel a 78 cm de altura. O
projétil foi encontrado no encosto do sofá.
Exame feito pela polícia científica detectou que Ubiratan tinha ingerido álcool. Em um dos
copos encontrados no apartamento havia batida de caju.
Os policiais ainda vão encaminhar ao IC (Instituto de Criminalística) as roupas que a namorada de Ubiratan, Carla Cepollina, teria usado no último
sábado, quando esteve com o
coronel.
Os peritos também vão analisar uma toalha bege, suja de
sangue, encontrada no banheiro do apartamento. A polícia
quer saber se o sangue era do
coronel. Ubiratan foi encontrado caído na sala, enrolado em
outra toalha.
A polícia também pretende
pedir um exame metalográfico
para pesquisar outros metais,
além do chumbo, nas roupas,
toalhas e mãos de Carla.
De acordo com especialistas,
esse exame é mais minucioso e
consegue detectar os elementos químicos da pólvora, como
partículas de lítio, cobre e enxofre.
Depoimento
Em um depoimento à polícia,
que durou cerca de 13 horas,
Carla negou a autoria do crime.
Seu depoimento apresentava
diversas contradições, de acordo com policiais.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP,
afirmou, na noite de ontem,
que o depoimento de Carla foi
feito de forma minuciosa, mas
não revelou o teor. Ela foi tratada como testemunha.
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