DA REPORTAGEM LOCAL

A desconfiança dos serviços de manobristas levou as seguradoras a adotar políticas restritivas para aceitar as apólices pedidas por empresas de valet que atuam em bares e restaurantes da cidade.
A preocupação das seguradoras é a mesma da maioria dos motoristas: não há garantias de que os carros serão estacionados em lugares fechados, e não nas ruas; e a forma como os profissionais dirigem costuma resultar em altos índices de batida e utilização constante do seguro para reparos.
"Hoje a gente só aceita clientes grandes, estabelecidos. Até dois anos atrás, era mais aberto. O resultado de danos e roubos foi muito alto", diz Maurício Accioly, vice-presidente da Real Seguros.
Flávio Bevilacqua Bosisio, da corretora FBB, especialista em seguro de estacionamentos, diz que a Real e a Porto Seguro são as únicas do mercado que oferecem seguro para os serviços de valet.
Mesmo assim, as apólices são feitas apenas se houver vínculo da atividade de manobrista com uma empresa de estacionamento.
"O seguro é de estacionamento. Eventualmente, ele pode ter um adicional de percurso. Os veículos estacionados nas ruas não se encontram cobertos", afirma Adilson Neri Pereira, diretor de ramos elementares da Porto Seguro.
A exceção só é feita quando há grandes eventos e shows em que, por não haver garagens fechadas para deixar os carros, a empresa de manobrista informa antecipadamente a seguradora. (AI)


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