São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Validade do diploma é importante

DA SUCURSAL DO RIO

A busca do estudante por uma instituição estrangeira deve levar em conta não apenas a qualidade da instituição mas também a possibilidade de o diploma no exterior ser validado no Brasil.
É por essa razão que, para a diretora-geral do portal Universia Brasil, Maria Voivodic, o primeiro passo de quem já está numa universidade brasileira e pensa em complementar os seus estudos no exterior é procurar a própria instituição no Brasil para saber se há acordos de cooperação internacional.
"A gente percebe que há um desconhecimento por parte do estudante a respeito dos convênios internacionais entre universidades, mas a maioria das instituições brasileiras tem um departamento de cooperação internacional. Eles devem ser procurados como a primeira ponta da informação porque estão mais preparados do que qualquer outra organização para dar uma informação mais precisa", sugere ela.
O Universia é um portal que promove a integração entre universidades ibero-americanas e que, no Brasil, também ajuda na divulgação de bolsas de estudo em outros países e de oportunidades de estágio.
Voivodic alerta, no entanto, que há pouquíssimos convênios entre as instituições brasileiras e as estrangeiras que garantem a validação do diploma do estudante em seu retorno para o país.
"O Brasil tem poucos vínculos com instituições estrangeiras que possibilitem essa dupla certificação. Para o estudante, isso é altamente desejável por abrir portas no mercado de trabalho em diferentes mercados", diz a diretora-geral do Universia.
Para ela, os alunos que conseguem vencer essa barreira ganham uma experiência que é muito valorizada no mercado de trabalho. "Os "headhunters", na hora de buscar executivos, dão muitos pontos para a experiência internacional. Mas é importante escolher bem a universidade."
Vânia Leite Fróes, historiadora que coordena na UFF o convênio com as universidades do Porto e Coimbra (Portugal), afirma que o intercâmbio no exterior não deve ser perseguido a qualquer custo.
"Existe uma mentalidade brasileira muito "bacharelista" de achar que qualquer curso no exterior é bom. Há universidades em países desenvolvidos que são muito ruins e muito caras", diz Fróes.


Texto Anterior: Ensino privado: Mensalidades devem superar a inflação
Próximo Texto: Infância perdida: Ação contra prostituição recolhe 56 jovens
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.