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Navegador pode ter falhado no AM
ORLANDO FARIAS
free-lance para a Agência Folha em Coari (AM)
O naufrágio do barco Capitão
Pinheiro 2, no rio Solimões (AM),
no qual morreram pelo menos
quatro pessoas, pode ter sido provocado por falha humana.
Um dos práticos da embarcação assegura que o local onde
aconteceu o acidente é impróprio
para a navegação. "Todos os práticos sabem que há pedras naquele ponto", disse Luciano dos Santos Rodrigues, 26. Ele afirmou
que entregou o comando do barco ao outro prático, Henrique Silva, 40, às 18h (20h no horário de
Brasília) de quarta e foi dormir.
Às 20h30 (22h30 no horário de
Brasília) o barco chocou-se violentamente contra pedras e afundou em menos de cinco minutos.
O acidente aconteceu próximo ao
vilarejo de Itapeua, a 3 km de
Coari (346 km de Manaus). A
Agência Folha não conseguiu localizar ontem o prático Henrique
Silva. Ele teria fugido da região.
Dono de uma das embarcações
mais antigas que navegam naquela rota, o comandante Daniel
Aires da Silva, 55, disse que o "trecho é extremamente perigoso" e
os proprietários das embarcações
preferem navegar durante o dia.
Os sobreviventes Daniel Rodrigues dos Santos, 42, e Maria Luciane Santos Mendes, 28, que perdeu as duas filhas no naufrágio,
suspeitam que não era Henrique
Silva que estava no comando na
hora do acidente. "Momentos antes o vi andando pelos corredores, longe do comando", disse
Santos, que trabalha nos Correios. "Ele estava brigando com
sua mulher num camarote quando tudo aconteceu", disse Maria.
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