LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Com mais de 500 favelas e 1,6 milhão de pessoas morando na periferia, a Prefeitura de Salvador lançou ontem um programa para tentar reduzir as desigualdades sociais na cidade.
A partir da próxima semana, uma unidade móvel equipada com um consultório médico-ginecológico vai atender gratuitamente e distribuir preservativos e outros métodos contraceptivos para a população carente da capital baiana.
"Não oferecer informações e acesso aos métodos contraceptivos é uma forma de exclusão", disse o prefeito Antonio Imbassahy (PFL). O cientista Elsimar Coutinho, que assinou o convênio em nome do Ceparh (Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana), disse que o planejamento familiar deveria ser tratado como uma questão prioritária no Brasil.
A secretária da Saúde de Salvador, Aldely Rocha Dias, disse que os serviços de orientação em planejamento familiar são oferecidos gratuitamente em 43 das 90 unidades que compõem a rede municipal. "Vamos dar prioridade aos bairros e às unidades que não oferecem o serviço", acrescentou.
Ela estima atender, em média, 40 mulheres em idade fértil por dia. Segundo a secretária, as consultas serão feitas por equipes multiprofissionais.
"Dependendo da resposta da população, poderemos ampliar o projeto", disse o prefeito.


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