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Foco
Imóvel é parcialmente demolido por engano pela Prefeitura de São Caetano
BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um sobrado que estava para alugar em São Caetano do
Sul (Grande SP) foi parcialmente demolido por funcionários da prefeitura. A destruição só não foi completa
porque o advogado Reinaldo
Nascimento flagrou a ação ao
passar, na última quarta, em
frente ao imóvel pertencente
a sua mulher, Deuzilene Barros, e chamou a polícia. A prefeitura diz que foi um engano.
"Passei lá e percebi uma
movimentação na garagem,
com um veículo da prefeitura.
Constatei que a prefeitura invadiu o imóvel e retirou todos
os pertences [portas, janelas e
armários embutidos], destruiu quase tudo", afirmou
Nascimento.
Segundo a assessoria de
imprensa da Prefeitura de
São Caetano, por erro de um
funcionário que interpretou
de forma equivocada uma ordem de serviço, o imóvel de
Deuzilene foi invadido e teve
partes das paredes, do teto e
do piso destruídos.
A prefeitura informou que
seis imóveis da mesma via foram desapropriados em comum acordo com os proprietários. Outros dois -um deles
o de Deuzilene- estão em
processo de negociação. Deuzilene disse que recusou a
oferta de R$ 205 mil feita pela
prefeitura porque o imóvel
vale mais de R$ 300 mil.
Em nota oficial, a prefeitura informou que "já está acordando com o proprietário a
revisão do trabalho feito indevidamente".
Deuzilene contesta. "Eles
não se manifestaram. Vou entrar com uma ação de reparação de danos porque a prefeitura não comprou meu imóvel para destruir do jeito que
eles fizeram lá", diz ela.
Para o presidente da Comissão de Direito Imobiliário
e Urbanístico da OAB de São
Paulo, Marcelo Manhães, a
prefeitura possivelmente não
terá que indenizar a proprietária. "Como o imóvel já ia ficar para a prefeitura e ela ia
destruir, então a indenização
já estaria englobada no valor
da desapropriação."
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