|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aluguel de bicicletas no metrô tem baixa adesão
Em média, só 18 das 80 disponíveis são retiradas a cada dia útil; aos domingos, são 56
A partir de segunda, será possível alugar bicicletas sem cartão de crédito; bicicletários passarão de 8 para 22 no total até janeiro
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em pouco mais de dois meses, o serviço de aluguel de bicicletas do Metrô de São Paulo
fez, em média, apenas 18 aluguéis por dia da semana. Aos
sábados e domingos, a média
sobe, respectivamente, para 21
e 56. Ao todo são 80 bicicletas,
disponíveis em oito estações.
Responsável pelo Metrociclista, como foi batizado o serviço, o Instituto Parada Vital,
parceiro do Metrô, reconhece a
baixa procura e promete mudanças já a partir de segunda-feira, quando irá estender o
aluguel para usuários que não
possuem cartão de crédito.
Atualmente, é necessário
apresentar o cartão para retirar
as bicicletas, mesmo que a utilização seja por apenas uma hora, período em que o uso da bicicleta é gratuito. Por hora subseqüente, o aluguel custa R$ 2.
Para alugar bicicletas sem
precisar apresentar cartão de
crédito, o usuário terá que se
cadastrar, a partir de segunda-feira, na sede do Parada Vital
(rua Barra Funda, 827, sala 1).
Embora o objetivo da medida
seja "democratizar o acesso",
segundo o diretor do instituto,
Ismael Caetano, o cadastro irá
custar R$ 50 ao usuário, que receberá de volta metade do valor
em créditos de aluguel válidos
por um ano. A aprovação será
sujeita a consulta a sistemas de
proteção ao crédito.
O instituto diz ainda que o
número de bicicletários irá praticamente triplicar até janeiro
-serão 22-, e que a publicidade do serviço será incrementada em trens e estações. "Os primeiros meses servem para conhecer o sistema e fazer esses
ajustes", afirma Caetano.
Ao todo, nos primeiros 69
dias, foram 2.032 empréstimos
-média de 29 por dia. Na média geral, 83% dos aluguéis não
superaram duas horas de uso.
Por hora, nessas oito estações, o metrô recebe até 300
mil usuários, em horários de pico. Todos os dias, cerca de 3,3
milhões de pessoas, em média,
andam de metrô na capital.
A concentração da procura
no fim de semana mostra que o
Metrociclista, criado no final
de setembro para "proporcionar uma nova alternativa para
os deslocamentos urbanos voltados ao trabalho, ao lazer e ao
esporte", segundo o secretário
José Luiz Portella (Transportes Metropolitanos), não atingiu em cheio o quesito "trabalho", pelo menos nesse início.
Dados do Datafolha mostram
por exemplo que, na Sé, o uso
da bicicleta para trabalhar restringe-se a 2% dos moradores,
todos homens entre 25 a 34
anos. As estações que tiveram
maior procura foram Itaquera
(373 empréstimos) e Guilhermina (356) -ambas na periferia da zona leste, onde a preferência pela bicicleta é maior.
Além delas, há bicicletários
nas estações Carrão, Anhangabaú, Marechal Deodoro, Sé, Paraíso e Vila Mariana. Outras sete começarão a funcionar até
meados de janeiro: Brás, Barra
Funda, Santa Cecília, Armênia,
Santana, Liberdade e Vila Madalena. Outros sete pontos de
aluguel, em estacionamentos
da rede Estapar, também estão
planejados para janeiro.
Texto Anterior: Vestibular: Primeira prova da Unesp começa amanhã, às 14h Próximo Texto: Walter Ceneviva: Crise no ensino em crise Índice
|