São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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FOCO

Procura por piscina pública sobe 71%

Demanda em clubes municipais aumenta em dois anos; locais apresentam problemas

Caio Guatelli/Folhapress
Mergulho na piscina do Pacaembu (zona oeste de São Paulo), onde houve dificuldade para a realização do exame médico; diretoria do clube nega que haja ausência de profissionais

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

Com o calor batendo recordes a cada ano, os 34 clubes municipais de São Paulo, com piscinas gratuitas, tiveram uma procura 71% maior nos últimos dois anos.
Em 2008 tinham 20.088 pessoas matriculadas. Hoje, são 34.351, segundo a Seme (Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação).
O aumento, entretanto, não foi acompanhado da construção de novos clubes.
A Secretaria de Esportes diz que preferiu utilizar a verba de R$ 10 milhões do seu programa de obras, anunciado no início deste ano, na manutenção desse locais.
Mesmo assim, os investimentos ainda não são suficientes para solucionar todos os problemas existentes.
A Folha visitou seis clubes, em três regiões da cidade, e constatou problemas de infraestrutura, manutenção e nos serviços oferecidos. A principal dificuldade é a realização do exame médico.
Embora a Seme afirme que há médicos em 95% das unidades, os horários são insuficientes para toda a procura.
E isso não ocorre só em regiões fora do centro, como o Clube Escola Mooca (zona leste), cujo médico está de férias no verão e terá substituto apenas uma vez na semana.
Desde janeiro passado, a reportagem tentou fazer o exame dermatológico três vezes para utilizar a piscina do Pacaembu (zona oeste). Em nenhuma encontrou médico.
Na última tentativa, há duas semanas, a reportagem telefonou para saber se o dermatologista estava no local.
A resposta foi positiva, mas 20 minutos depois, às 10h15, o médico já tinha saído, segundo o clube, para atender a uma emergência.
A diretoria do clube nega que haja ausência de médicos e diz que o atendimento acontece de terça a sexta-feira das 9h às 11h45 e das 14h às 16h45; sábados, domingos e feriados é das 9h às 11h45.
Se o usuário não encontrar médico, os clubes têm como praxe aceitar exames feitos em consultórios particulares ou em outros clubes.

SEM PISCINA
Além do exame, o caminho do usuário até o toboágua tem outro obstáculo: a manutenção. Segundo a Seme, há sete piscinas fechadas para a realização de consertos diversos e, em alguns casos, para simples limpeza.
Mas o número pode ser maior. A reportagem encontrou a maior piscina do Clube Escola Jardim São Paulo, que não está na lista da secretaria, fechada e suja. Segundo uma funcionária, ela está em obras. Fora isso, há no local outra piscina, vazia, fechada "há mais de dez anos" e usada como pista de skate.

Colaborou GUSTAVO FIORATTI

Veja relação dos clubes municipais de SP em
folha.com.br/ct844197


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