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VIOLÊNCIA
Acusado de 12 mortes pode ter matado mais 6
TIAGO ORNAGHI
DA AGÊNCIA FOLHA
Adriano da Silva, 25, que confessou ter matado 12 adolescentes
no Rio Grande do Sul, pode estar
envolvido em outras seis mortes,
ocorridas no município de Rio
Claro (180 km de São Paulo).
Ontem, a reconstituição, em
Passo Fundo, da morte de Volnei
Siqueira dos Santos, 12, não foi
realizada. Silva, que havia confessado o assassinato do garoto, voltou atrás e disse tê-lo violentado
sexualmente, mas não matado.
Em Rio Claro, o delegado Joaquim Dias Alves pediu para que a
Justiça reabrisse seis casos de assassinato no município em 2003 e
também requisitou informações à
polícia gaúcha sobre Silva.
As características das mortes e
descrições do suspeito feitas por
testemunhas são muito semelhantes às do Rio Grande do Sul.
Dois dos casos eram dados como
concluídos e um homem havia sido condenado.
No Rio Grande do Sul, 20 pessoas estão presas ou respondem a
processos. Apesar das confissões
de Silva, a polícia diz ter indícios
do envolvimento dos 20.
O secretário da Justiça e Segurança do Estado, José Otávio Germano, disse que todos os casos serão reabertos e reavaliados com
as novas circunstâncias. As pessoas permanecerão presas devido
às provas já juntadas contra elas.
O principal caso é o do assassinato de Douglas de Oliveira Hass,
10. Quatro homens e duas mulheres estão presos acusados pela
morte. No seu depoimento, Silva
disse que enterrou um corpo sob
uma churrasqueira, em Soledade.
Na quinta-feira, a polícia encontrou um corpo em adiantado estado de decomposição no exato
lugar indicado por Silva.
Em outro caso, sete rapazes foram indiciados pela morte de
Volnei Siqueira dos Santos ocorrida em julho, em Passo Fundo. O
grupo havia sido preso, mas foi liberado pela Justiça.
O resultado do exame de DNA
do sangue e esperma encontrados
no corpo da vítima deu negativo
na confrontação com o material
coletado dos suspeitos. Mas o
exame com o material colhido de
Silva deu positivo.
Ainda em Passo Fundo, um representante comercial, de 48
anos, está preso desde setembro.
Ele responde pelo assassinato de
Jéferson Borges Silveira, 10.
Em dois depoimentos, ele confessou que esteve num hotel da cidade acompanhado por um menor e que o levou até um matagal.
O homem disse que usou um fio
de luz para apertar o pescoço do
garoto. Ele alega que a vítima não
era Silveira. Em Soledade, quatro
pessoas foram indiciadas e dois
adolescentes respondem a procedimento especial pelas mortes de
quatro crianças.
Ontem, Silva negou as mortes
de Silveira e João Marcos Godois,
12, de Soledade.
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