São Paulo, segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

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Na rodoviária Tietê, agente faz triagem na fila da vacina

MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Funcionários da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo estão fazendo uma triagem das pessoas que procuram se vacinar contra a febre amarela no Terminal Rodoviário Tietê (zona norte de SP). O objetivo é aplicar a vacina apenas em quem irá viajar às zonas consideradas de risco.
Desde a última terça, cerca de mil pessoas, em média, têm ido diariamente ao local. Antes, eram vacinadas aproximadamente 30 por dia.
Com uma lista de cidades nas mãos, uma funcionária da prefeitura, que não quis se identificar, abordava as pessoas na fila. "Alguns compreendem que pode faltar para quem precisa, outros nem querem saber."
Era o caso do garçom Jaciel da Cruz Sá, 52. Mesmo sem pretender viajar, ele quis se vacinar de "qualquer jeito". "Esse é meu direito, pago meus impostos. O Estado tem que dar vacina para todos", disse.
Já o aposentado José de Andrade, 82, desistiu após conversar com a funcionária. Mesmo não tendo viagem marcada, ele saiu ontem cedo do Jabaquara (zona sul) para a rodoviária só para tomar a vacina. A pedido da agente, saiu da fila, mas disse que voltaria em dois meses. "Vou deixar a minha vez para quem precisa", afirmou.
No Instituto Pasteur, a fila chegou até a calçada da avenida Paulista (região central da cidade) e mesmo quem não ia viajar para áreas de risco quis tomar a vacina. A espera era de cerca de meia hora.
No Terminal Rodoviário Barra Funda, quem entrava na fila aguardava uns 15 minutos; ninguém perguntava o destino dos passageiros.


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