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Na rodoviária Tietê, agente faz triagem na fila da vacina
MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Funcionários da Secretaria
Municipal da Saúde de São
Paulo estão fazendo uma triagem das pessoas que procuram
se vacinar contra a febre amarela no Terminal Rodoviário
Tietê (zona norte de SP). O objetivo é aplicar a vacina apenas
em quem irá viajar às zonas
consideradas de risco.
Desde a última terça, cerca
de mil pessoas, em média, têm
ido diariamente ao local. Antes,
eram vacinadas aproximadamente 30 por dia.
Com uma lista de cidades nas
mãos, uma funcionária da prefeitura, que não quis se identificar, abordava as pessoas na fila.
"Alguns compreendem que pode faltar para quem precisa, outros nem querem saber."
Era o caso do garçom Jaciel
da Cruz Sá, 52. Mesmo sem
pretender viajar, ele quis se vacinar de "qualquer jeito". "Esse
é meu direito, pago meus impostos. O Estado tem que dar
vacina para todos", disse.
Já o aposentado José de Andrade, 82, desistiu após conversar com a funcionária. Mesmo
não tendo viagem marcada, ele
saiu ontem cedo do Jabaquara
(zona sul) para a rodoviária só
para tomar a vacina. A pedido
da agente, saiu da fila, mas disse
que voltaria em dois meses.
"Vou deixar a minha vez para
quem precisa", afirmou.
No Instituto Pasteur, a fila
chegou até a calçada da avenida
Paulista (região central da cidade) e mesmo quem não ia viajar
para áreas de risco quis tomar a
vacina. A espera era de cerca de
meia hora.
No Terminal Rodoviário
Barra Funda, quem entrava na
fila aguardava uns 15 minutos;
ninguém perguntava o destino
dos passageiros.
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